Esperança
No seguimento do meu postal de há uns dias, não posso deixar de aqui registar a vitória de Maia Sandu nas eleições presidenciais moldavas. O derrotado foi o candidato pró-russo, Alexandr Stoianoglo, que, como foi denunciado logo na primeira volta, não hesitou em oferecer dinheiro a quem não votasse na candidata pró-UE.
Importa referir que há duas semanas, em simultâneo com a primeira volta, foi aprovada igualmente uma alteração constitucional que permitirá a este pequeno país, que faz fronteira com a Roménia e com a Ucrânia, avançar com as negociações com vista à sua entrada na União Europeia.
O projecto europeu, com todas as suas limitações e imperfeições, continua a atrair países cujos povos preferem a liberdade à sujeição a ditadores. E esta é a ordem natural das coisas. Não é uma viagem contínua nem ininterrupta, não é uma viagem sem perigos nem quedas, mas a busca pela liberdade é uma aspiração de todo o ser humano. Contra a vontade dos tiranos, mesmo nas geografias humanas mais distantes desse desígnio e talvez apenas alcançável nos ciclos longos, a liberdade é o nosso destino comum.
Termino com algumas das palavras proferidas por Maia Sandu no seu discurso de vitória.
“Queridos moldavos, vocês ofereceram uma lição de democracia digna de ser escrita nos livros de História. Na nossa escolha por um futuro digno, ninguém perdeu. A liberdade, a verdade e a justiça venceram.”