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Delito de Opinião

Era rico mas pedia dinheiro

Pedro Correia, 15.04.21

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Primeiro andamento:

«O que me ofende são algumas afirmações que por aí vejo, de gente... aliás alguns deles próximos de mim, que acham que eu andei a inventar que a minha família tinha posses que nunca teve, que o meu avô não era um homem rico, que nunca trabalhou no volfrâmio, que nunca enriqueceu no volfrâmio. Eu apresentei ao juiz a prova. Fui buscar as escrituras das partilhas da herança da minha mãe feitas nos anos 80. Para provar que a minha família tinha recursos, que a minha mãe era uma mulher rica, uma mulher que tem três heranças nos anos 80.»

«A minha mãe teve um conjunto de heranças que sensivelmente, pelos cálculos que podemos hoje fazer... de cerca de um milhão de contos.»

«A minha mãe teve sempre um cofre em casa, toda a vida. Toda a gente sabia.»

«O meu avô era um homem muito rico, era um homem de muitas posses.»

 

Segundo andamento:

«O engenheiro Carlos Santos Silva fez-me empréstimos em 2013 e 2014.»

«Em 2013 o engenheiro Carlos Santos Silva ofereceu-se para me ajudar porque eu estava a viver em Paris. Decidi ir para Paris para estar com os meus filhos, para fazer um mestrado e para que os meus filhos concluíssem o seu ensino secundário numa escola estrangeira. Não foi nenhuma vida de luxo. Foi um investimento na minha educação e na dos meus filhos. E o engenheiro Carlos Santos Silva decidiu financiar-me, ajudar-me nisso.»

«Estes empréstimos totalizam 560 mil euros.»

 

Excertos da entrevista que José Sócrates deu ontem à TVI

3 comentários

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    Pedro Correia 15.04.2021

    Você parece querer rivalizar com o tal Carlos Santos Silva para se tornar no melhor amigo do Sócrates.
    Prepare-se para financiar o cavalheiro. Ele adora esmifrar amigos.
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    Carlos Sousa 15.04.2021

    Comigo não há o problema dos financiamentos, escondi tão bem a minha fortuna que nem sei onde ela pára.
    Já sei que para si eu sou um negacionista das tropelias que ele fez, mas não faz mal, já me acusou disso noutras situações.
    Eu vi a reportagem, e vi o debate que se seguiu. E no debate que se seguiu, o Rogério Alves e Sousa Tavares tiveram uma interpretação diferente das decisões do juiz.
    Para mim o juiz limitou-se a certificar os documentos que lhe chegaram às mãos por parte da acusação. Se os documentos tinham falhas, processuais ou não, a culpa não é dele (juiz), mas sim do ministério público.
    Quanto ao Sócrates, aquilo que sabemos foi sempre através de fugas de informação. Se é condenável ou não depende sempre dos tribunais. Nunca devemos admitir nem permitir que qualquer julgamento seja feito na praça pública. Por muito que nos custe vivemos num estado de direito. A interpretação da lei não pode ser feita levianamente nem de forma abrogante.
    Isto que se está a fazer não é mais do que uma forma encapuçada de repor os antigos tribunais plenários.
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