Eppure si muore
Vendo em retrospectiva, a vinda de Jesus Cristo, o heliocentrismo, o paradigma da terra esférica, a evolução, o holocausto, o homem andar na lua, o aquecimento global, etc., de entre muitos outros factos provados e comprovados, até chegarmos à presente pandemia, ao seu tempo foram todos postos em causa.
Não é pertinente descartar o negacionismo quando conhecimentos centenários, milenares até, são postos em causa ou a inquietação e a ansiedade perante o desconhecido nos tornam irracionais. Não é pertinente descartar a transvaloração do conhecimento, por o mesmo não ser imutável, muito pelo contrário: é critico e criativo e sempre em evolução.
Não é pertinente descartar as escolhas de cada um. É apenas pertinente descartar a falta de bom senso e a teimosia quando estas têm uma agenda. E quando essa agenda toma proporções que demonstram um total desrespeito pela vida humana e advogam práticas criminosas (cri·mi·no·so. adjectivo relativo a crime, contrário às leis morais ou sociais), não pode nem deve haver contemplações ou juízos de valor.
Se apelar ao sentimento e ao civismo não é o bastante, não funciona e se torna no problema que obstrói a solução, erradique-se de vez. Penalize-se. Penalize-se pesadamente e onde dói mais: na vileza das moedas com que causam tanta dor, tanto desespero e tanta tristeza a tanta gente.
Para todos os que negam e para todos os que aceitam a realidade, a verdade é apenas esta, como diria, quem sabe, Galileu se andasse por estas bandas nestes dias de incertezas e temores: Eppure si muore.
Cartoon retirado do Google