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Delito de Opinião

Em queda livre

Pedro Correia, 02.03.23

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Nem durante a tróica se cortou tanto na alimentação em Portugal

Famílias fazem cortes cada vez maiores mas a factura com a comida continua a subir. Aumento médio dos preços dos alimentos já ultrapassou os 20% num ano. A quebra real (descontando a inflação) foi de 2,3%, a maior cifra registada desde 1995. É o equivalente a menos 573 milhões de euros em comida face a 2021.

 

Linha de Sintra: passageiros retirados de comboio

Passageiros estão a ser removidos das carruagens, paradas perto da estação de Benfica. Comboio parou depois de passageiros accionarem travão de emergência devido à sobrelotação. Em cenário de greve nos comboios, com circulação reduzida, o que conduz às situações de sobrelotação.

 

Desemprego a subir, com inactivos e inflação

Portugueses sem trabalho aumentaram 22% num ano, em parte por via dos ex-inactivos que agora procuram emprego e não encontram. A espiral inflacionista contribui para agravar a situação. Taxa  de desemprego está nos 7,1% e a tendência é de subida.

 

Onze chefes do serviço de urgência do hospital de Loures demitem-se

Equipa que superintende a Urgência Geral do Hospital Beatriz Ângelo, que recentemente reverteu dos privados para o Estado, anunciou ter pedido a demissão. Em causa está a "missão e a qualidade assistencial", bem como a "segurança de todos os doentes e profissionais".

 

Greve nos tribunais adiou mais de quatro mil julgamentos em 12 dias

Paralisação dos funcionários judiciais, iniciada a 15 de Fevereiro, forçou o adiamento de mais de quatro mil julgamentos e outras diligências nos tribunais e no Ministério Público, com maior incidência em Lisboa e Braga. Este protesto, que dura até 15 de Março, adiou também 677 actos contabilísticos e do registo criminal.

 

Notícias como estas são o reflexo do quotidiano de largos milhares de portugueses. Gente que confiou nas promessas que António Costa lhes fez há oito anos de melhorar tudo - dos médicos de família que nunca apareceram até ao estímulo do arrendamento para habitação que jamais saiu das folhas da propaganda.

Com a marca desta governação: poucochinha. Por isso a maioria absoluta adquirida há um ano já está em queda livre.

Tem tudo para acabar mal. Mais cedo do que muitos previam.

7 comentários

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    Susana V 03.03.2023

    Está mesmo a falar a sério quando diz que as coisas estão melhor agora que na altura da intervenção da troika (por causa da bancarrota gerada pelo Governo Socialista)? A sério?
    Muitos hospitais funcionam sem urgências pediátricas e obstétricas, as primeiras consultas de oncologia e cardiologia são marcadas para as calendas gregas, escolas estão fechadas, os transportes é quando calha, vegetais da estação a 3-4 euros o quilo, tribunais sem funcionar, polícia sem meios. Só está melhor para os boys/girls, que não precisam de quaisquer credenciais para brincar aos ministros/ministras. E para as "empresas" amigas parece que também é sempre a bombar...
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    Carlos Sousa 03.03.2023

    Pois, se calhar fui eu o único a quem tiraram o 13° mês, levou com um imposto especial por conta e dividiram o subsídio de férias em avos para não se notar tanto a dimensão do roubo.
    Já reparou que os hospitais que estão mal (?) são aqueles onde acabaram as PPP's, tal e qual como nos colégios?
    No tempo da troika o IC19 estava às moscas, os restaurantes estavam vazios e as lojas não renovavam os stocks, para não falar do desemprego e da emigração jovem que atingiram recordes.Compare com a actualidade. Carros a qualquer hora, restaurantes cheios e a aviação a superar o período pré pandemia.
    O problema é que não temos, neste momento, alternativa, a não ser que tenha saudades do tempo em que todos os meses havia uma novidade. Ou era a lei Cristas que foi criada para os putos não ganharem raízes, ou eram os filhos a repôr o que o governo tirava à magra reforma dos pais.
    Não, não tenho saudades desse tempo.
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    Susana V 03.03.2023

    Eu também fiquei sem o 13º mês e tudo o mais. Mas tenho a noção que fui uma privilegiada porque, ao contrário de muita gente, mantive o grosso do meu rendimento. Muitas pessoas ficaram desempregadas e não apenas sem o 13º mês. Desculpe, mas não tenho pena nenhuma de quem perdeu o 13º mês. Além de que a alternativa seria provavelmente ficar sem salário de todo porque não havia fundos para pagar aos funcionários públicos (e.g., bancarrota).
    Espero sinceramente que não precise de tratamentos hospitalares porque não é com o 13º mês que os vai conseguir pagar nos tempos actuais.
    PS- A lei Cristas aliviou timidamente a injustiça que era ter senhorios (muitas vezes pobres) a financiar o estado social aos inquilinos (muitas vezes remediados/ricos).
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    Carlos Sousa 03.03.2023

    Lamento que a sua narrativa seja essa, repare que a Grécia esteve muito pior que nós e não teve nenhuma bancarrota. É tudo política partidária sómente. Nós só conhecemos uma parte da história e para fazermos uma análise correcta precisamos dos dados todos.
    Quanto aos tratamentos hospitalares, tive um ataque cardíaco em 2019, fui operado em Santa Maria e não estou a ver que custos é que você refere que qualquer um não possa pagar. Com os 600 milhões que o Passos Coelho queria cortar no SNS é que talvez tivesse dificuldade não só em pagar como no acesso aos medicamentos.
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    Tiro ao Alvo 03.03.2023

    O Carlos anda a trabalhar demasiado. Pare um bocado; tenha pena do seu coração e ponha a memória a funcionar.
    Sabe quem chamou a troica? Olhe que não foi o Passos Coelho, foi o Sócrates, com o ministro das finanças da época, Teixeira dos Santos, a seu lado. E foi ele quem assinou o Memorando de Entendimento, que obrigou a congelar as carreiras e os salários dos funcionários públicos. E as pensões de reforma, que é bom não esquecer.
    O Carlos, sendo funcionário público, é um privilegiado neste País. E, pelo tempo que perde nos blogues, o trabalho que produz não deve valer o que come, mas, certamente, julga que tem direito a comer todos os dias um bom bife. São assim os parasitas – quem sabe se não é o caso?.
    .
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    Carlos Sousa 03.03.2023

    Não sei onde foi buscar a informação que eu era funcionário público, mas agora percebo porque é que você faz as análises que faz.
    Não será melhor, em vez de fazer essas afirmações patéticas, tratar as pessoas com respeito? Pode não ter importância para si, mas para mim é o mínimo para manter um diálogo.
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