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Delito de Opinião

Em nome de que vida?

Teresa Ribeiro, 17.02.16

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Como é óbvio, para quem defende a eutanásia e o suicídio assistido, o que está em causa é o direito a acabar com o sofrimento, quando é reconhecidamente atroz e irreversível. Quem é contra, defendendo o princípio da inviolabilidade da vida, certamente não o ignora. Então porque há-de invocar invariavelmente o recurso aos cuidados paliativos como uma alternativa, sabendo que nos casos limite, em que a questão da eutanásia e do suicídio assistido se colocam, a medicina não consegue reduzir o sofrimento para níveis suportáveis?

Não posso respeitar quem recorre a argumentos falaciosos para defender o seu ponto de vista. Quem se opõe à legalização da eutanásia deve ter coragem para assumir que o que defende pode ser de uma tremenda crueldade para alguns. 

2 comentários

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    Luís Lavoura 18.02.2016

    Não concordo totalmente consigo.
    As pessoas têm o direito de ser contra a eutanásia (ou seja o que fôr) por razões religiosas, e têm o direito de não expôr essas razões. Tal como têm o direito, por exemplo, de ter opiniões políticas que as beneficiariam pessoalmente, mas não expôr esse benefício.
    Agora, o que acho inaceitável é pessoas apresentarem argumentos inconsistentes, intelectualmente desonestos, falaciosos. Como por exemplo este argumento tolo de que o suicídio assistido deve ser proibido porque as pessoas se poderiam querer suicidar sob pressão de familiares.
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