É a vida!
“É a vida!”.
Esta deve ser a frase que mais uso para explicar o que sei de antemão ser inexplicável.
Num texto de José Ricardo Costa publicado no seu blog Ponteiros parados, ele afirma que esta é, também, a expressão que mais ouve no lar onde a sua mãe se encontra.
Que quereremos todos, e eu própria, dizer com ela? Muito possivelmente, que sabemos ou sentimos – e sentir é outra forma de saber – que nem tudo à nossa volta tem explicação plausível e que pelo menos uma parte da nossa existência se situa no domínio de um insondável mistério.
Todavia é essa mesma vida que faz com que as pessoas se agarrarem a ela, sem qualquer justificação que não seja ela própria. E este facto, este amor à vida que se desconhece, é que continua a ser surpreendente.
É claro que há pessoas que se suicidam, atentando assim contra o seu bem mais precioso. Mas esses casos são considerados como fazendo parte do domínio da patologia. A realidade é que a maioria das pessoas gosta de viver, mesmo quando não gosta da vida que leva. E esta é que é, para mim, a chave da grande aventura do ser humano!