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Delito de Opinião

Diário de viagem: Capítulo 2

De um paraíso mediterrânico, a “noiva” é agora uma lixeira em céu aberto

Maria Dulce Fernandes, 06.04.25

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O programa de viagem tinha como destino a visita à cidade mediterrânea de Alexandria no dia seguinte. Madrugámos com grande expectativa e encetámos alegremente os cerca de 220km que separam esta cidade da capital.

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Nada nos faria pensar que Alexandria seria também uma ruína, mas efectivamente assim é. Andrajosa, suja e superpovoada, a cidade mais cosmopolita de todas as cidades egípcias é um caco e um perfeito caos.

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Salvou-se a visita a Kom el Shoqafa, um complexo funerário subterrâneo greco-romano-egípcio, a biblioteca que é uma pérola rara no meio de tantos escombros de construções habitadas e do lixo que é uma constante por todo o lado, a Fortaleza de Quaitbay, o Pilar de Pompeu, o demasiado ventoso Parque Montazah e a Corniche que se estende por quilómetros e que apesar do vento e do frio (11⁰C) consegue ser bonita.

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Quando Alexandre fundou a cidade e lhe deu o seu nome não lhe passou pela cabeça que se tornaria num Nó Górdio, sem lâmina que o consiga desatar.

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O passeio em si foi conseguido e o truque é não ser optimista. Se nunca se esperar demasiado, nunca ficaremos desapontados.

Voltámos à estrada, para mais 220 quilómetros rumo à cor, à música e aos inebriantes aromas do iftar que conferem ao pardacento Cairo a alegria que debaixo do sol é difícil de encontrar.

 

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