Diário de uma mãe
No fim de semana passado falhei o post, porque fiquei doente. A gripe apanhou-me, não posso dizer que tenha sido muito forte ou que me tenha arrasado, mas retirou-me energia, boa disposição e claro que me obrigou ao resguardo para ver se não pegava ao resto da família. É quando estamos doentes que nos sentimos mais impotentes, o não poder dar aquele abraço reconfortante, o beijinho repenicado, o ter mil e um cuidados e zero paciência para tudo o que acontece à nossa volta. Deixamos acumular afazeres, deixamos o inadiável em banho-maria e só a recuperação nos inspira a continuar, nem que isso represente deixar tudo para trás e passar horas intermináveis na cama a ver se o vírus nos abandona de vez.
A sensação posterior é de que não podemos voltar ao mesmo, apanhei o vírus porque o meu sistema imunitário não está suficientemente fortalecido, tenho de dormir mais, fazer mais exercício físico, alimentar-me melhor, ter hábitos de vida mais saudáveis e ter um maior equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Estes pensamentos duram talvez um dia, até voltar tudo ao normal. Eu faço exercício físico uma a duas vezes por semana e tomo as minhas vitaminas diárias, mas o resto... Há que começar por algum lado, redefinir prioridades, focar-me no que é realmente importante, tentar melhorar.
Os pequenitos estavam preocupados, a mais nova andava de volta de mim, mais faladora, a mostrar-me que estava ali para mim, por mais que eu a afastasse para evitar que também ficasse doente. Quando finalmente lhes disse que já estava bem, foi um abraço colectivo que me atirou ao chão e que me deu a força de que necessitava para me reerguer. Eles esgotam-nos, mas têm o dom de nos dar a força vital através do amor.