Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Dez meses de COVID-19 provocaram mais mortes em Portugal do que as baixas militares que sofremos em três palcos de guerra em África, entre 1961 (ano do início do conflito armado em Angola) e 1974.
Segundo as estatísticas de óbitos divulgadas pela Direcção-Geral da Saúde, desde Março de 2020 até ontem faleceram 9020 pessoas vitimadas pelo novo coronavírus no nosso país. O que já supera os 8830 militares portugueses mortos, de causas diversas, naqueles 13 anos em Angola, Guiné e Moçambique.
Cifras que falam por si. Com mais expressão dramática do que mil discursos. Contrariando as frases pias do género "vai ficar tudo bem", o folclore delicodoce das palminhas à varanda ou as bravatas do segundo vulto na hierarquia do Estado português armado em macho man: «Então nós íamos mascarados para o 25 de Abril?»
São tempos de calamidade, que necessitam de governantes realmente à altura das circunstâncias, sem venderem ilusões como a do putativo "milagre português" que em dois tempos nos devolveria às praias, às plateias dos espectáculos e a festivos "drinques" ao pôr-do-sol.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.