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Delito de Opinião

Deve ser do período

João André, 26.09.16

Tenho dificuldade em compreender este post da Francisca.

 

Em primeiro lugar é o título. Porquê "as raparigas"? É por serem mulheres? Também se escreve "os rapazes do PS", "os marmanjos do PCP", "os tipos do PSD" ou "os cahopos do CDS"? O sexo faz diferença? Se calhar faz - para muita gente. Não devia. É por serem várias delas mais jovens? Também escrevemos "os velhotes do PS", "os cotas do PSD", "as carcaças do PCP" ou "os idosos do CDS"? A idade faz diferença desde que tenham o suficiente para serem julgadas pelas suas palavras, ideias ou acções?

 

Não, essas são apenas palavras destinadas a distrair das políticas. Já escrevi o meu post sobre o assunto. A ideia de ir às poupanças, coisa que não parece ter sido avançada em lado nenhum, nem é exclusivo do Bloco nem teria nada de especial. Seria uma política tal como aquelas que os governos anteriores praticaram, aqui e em todo o lado. "Ir buscar o dinheiro" não é "roubar", como a Francisca escreve, caso contrário teria que se aceitar que toda e qualquer cobrança de impostos seria roubar. A frase é infeliz? Talvez do ponto de vista da Francisca ou de tantos outros, mas do ponto de vista do Bloco de Esquerda é provavelmente o que queriam expressar. Se já se "foi buscar" dinheiro a tanta gente, porque não "ir buscar" dinheiro aos ricos?

 

A Francisca falou ainda dos "assuntos fracturantes" mas referiu apenas o disparate do "cartão da cidadã" e depois invcou o velho fantasma da "queima dos soutiãs". Haveria ainda o outro disparate da criminalização dos piropos, mas estão-me a faltar mais assuntos que seriam assim tão merecedores «[d]o fim da lista na agenda parlamentar». O resto é essencialmente o ataque à ideia nebulosa de "ir buscar o dinheiro aos ricos". Muitas das pessoas que ela referiu são também aquelas que sofreram (e sofrem ainda) no passado. São também pessoas que pagaram várias vezes (a Francisca esqueceu os impostos indirectos, mas estes normalmente não recaem sobre as empresas, que os passam ao consumidor) e que, depois de tudo isso, ainda levam com mais taxas e retaxas.

 

No fim fica tudo explicado: há que recompensar "essa gente", suponho que se trate dos empresários. Ou talvez os que são ricos (no post da Francisca está subentendido que só os empresários o podem ser). Isto porque são pessoas que «através do seu talento e do seu esforço, contribuiu para o crescimento económico do país», dado que mais ninguém o fez. Como os empresários são como os outros, também existem os incompetentes, abusadores e tacanhos que fizeram o oposto e são largamente responsáveis pelo ridículo estado do tecido empresarial do país.

 

Não: recompensemos os empresários tout court porque são eles que nos vão retirar do nosso buraco. Os outros não trabalham, não são talentosos. Os empresários merecem tudo, talvez até que se acabe com as taxas para eles, pobrezinhos.

 

Mas vou fechar o círculo, indo aos empresários que, entre tudo o que são, bem ou mal sucedidos, talentosos ou incompetentes e que, no seu dia a dia, tratam as mulheres ao seu redor como secretárias, empregadas de limpeza ou "aquela cachopa jeitosa que traz o café". Nalguns casos até as tratam por "raparigas" até terem idade de serem candidatas a Presidente da República ou vão buscar o epíteto de "esganiçadas" atrás de títulos de professor. Eles não são machistas, não confundamos coisas, só que às vezes aquelas raparigas começam a maçar. Deve ser do período.

12 comentários

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    João André 27.09.2016

    Pobre de si que considera que toda e qualquer sociedade, desde que existe como tal, é composta por ladrões.

    Suponho que já se inscreveu na lista de voluntários para a missão a Marte. Ou que está a caminho do interior da Amazónia. Serão as únicas opções para escapar a este roubo de todas as sociedades (e mesmo no segundo caso terei dúvidas).

    Já agora: não o estou a mandar para lá. Apenas o faço notar que a opinião que tem acima é um disparate tão grande que é difícil explicar.
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    Octávio dos Santos 27.09.2016

    Onde é que eu disse ou escrevi, mesmo que por outras palavras, que «toda e qualquer sociedade, desde que existe como tal, é composta por ladrões»?

    Sim, «pobre de mim», e de muitos outros, tantas famílias e empresas, em especial neste país, que são roubados por um Estado intrometido, ineficiente, intolerante. E que, quando dominado por esquerdistas extremistas, como aqueles que formam a actual «geringonça», mais ávido se torna.

    Eu pensava que era óbvio, mas esqueço-me sempre de que os doutrinados pelo socialismo se auto-limitam no raciocínio: não há qualquer obrigação ética, filosófica, moral, de dar (sob pena de sermos penalizados se não o fizermos) parte do que ganhamos a uma entidade externa que se arroga do «direito» de tomar decisões respeitantes à nossa vida - decisões essas para as quais estamos sempre mais e melhor capacitados. Educação e saúde públicas? Deixem-me ficar com o meu dinheiro que eu de bom grado trato de o aplicar, nos dois âmbitos, das formas (e nas instituições privadas) que eu muito bem entender.

    O Estado poderia eventualmente justificar (em parte) a extorsão permanente que efectua se pelo menos mostrasse capacidade para proteger o património, natural e edificado, do país e do povo que supostamente deveria servir - mas que, na verdade, e pelo contrário, deles se serve. Porém, não tem essa capacidade, como mais uma horrível «época de incêndios» demonstrou.

    Enfim, se eu estou «inscrito» (?) numa eventual expedição à Amazónia ou a Marte, você decerto já está num destes locais... ou nos dois ao mesmo tempo.
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    João André 27.09.2016

    Explico o raciocínio.
    Pelas suas palavras: todo e qualquer imposto é um roubo.
    Realidade: todas as sociedades que eu conheço cobram impostos nalguma forma.
    Consequência: todas as sociedades roubam.

    Assumo, exprimi-me mal e extendi isto a todas as pessoas nas sociedades. Fora isso é essa a lógica que posso retirar do que escreve.

    O resto das considerações são o paleio sem qualquer apego à realidade à la luckylucky que não tem ponta por onde se lhe pegue e que faria Hayek dar voltas no túmulo. Menos mal que não insulta. Pelo menos para já.
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    Octávio dos Santos 28.09.2016

    Pois não, não insulto; esta - ou, pelo menos, a insolência pueril - é a sua «especialidade», como ficou evidente logo na sua primeira resposta.
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    João André 28.09.2016

    Meu caro, em ponto nenhum insultei. Se confunde ironia e sarcasmo com «insolência pueril» então isso explica a sua fraca compreensão do mundo que o rodeia.

    Isso já tinha ficado claro quando li os seus textos, começando por um recente no Público (ao que desceu o jornal que em tempos li religiosamente) e quando lhe li o disparate pegado "todos os impostos são roubo".

    Noto essencialmente que a minha «insolência pueril» não me impede de apresentar o meu raciocínio e explicar a falácia do seu, pelo menos na sociedade moderna. A sua "elevação" apenas debita generalidades sem fundamentos (na parte ideológica) e sem raciocínio que os fundamente.

    Fique com a sua elevação e eu fico com a minha "especialidade". Vindo de si, esse comentário é um elogio.
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    Octávio dos Santos 29.09.2016

    Você é um típico esquerdista: arrogante, imaturo, intolerante, para quem os que estão (ideologicamente) do outro lado têm uma «fraca compreensão do Mundo que o(s) rodeia», um «raciocínio falacioso», dizem «disparates pegados» e «generalidades sem fundamento». Mas… quem pensa você que é? E com quem pensa que está a falar? Quer comparar biobibliografias e CV’s? Quem é que lhe deu o «direito» (eu não fui, de certeza) de «decidir» o que é e o que não é relevante e válido? De se «armar ao pingarelho» e dar ares de superioridade? Vou dar-lhe outra «novidade»: não é por muito se fanfarronar que se altera seja o que for na realidade…

    … E é por isso que, como não podia deixar de ser, os da sua laia lamentam e, frequentemente, tentam diminuir, a liberdade e a diversidade de opinião e de expressão. Com que então um meu artigo recente no Público (já agora, qual? Desde Julho foram três, este ano até agora são seis, e em duas décadas (sou colaborador desde 1996) foram dezenas…) faz com que aquele jornal tenha «descido» de nível? O «drama», o «horror», a «tragédia» de permitir, de vez em quando, que algo se destaque e se diferencie do monocromatismo e da monotonia marxista e marxizante! Se quiser, tem bom remédio: escreva e envie ao Público artigos assentes no seu «raciocínio fundamentado», para assim fazer «subir» aquele diário… certamente «aguardam» a sua chegada, qual D. Sebastião salvador! Afinal, você antes lia-o «religiosamente»!

    Ainda bem para si que quem o convidou para o Delito de Opinião tem uma noção diferente – e melhor – de pluralismo do que a sua. E, para provar que sei e posso ser generoso, não vou afirmar que, consigo, este blog «desce(u)».
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    João André 29.09.2016

    Prostro-me humilhado perante a grandeza e o génio que a sua bibliografia e carreira profissional (que foi fácil descobrir uma vez que a enfia em todo o lado que consegue) demonstra. Certamente que isso torna qualquer comentário ou até argumentação supérflua, dado que continua a não o fazer. Admito-me derrotado.

    Pena que tal bibliografia e percurso profissional (que eu, pobre desgraçado que aprendeu anteontem a ler) não lhe tenha transmitido educação comparável e que caia tão facilmente no insulto gratuito perante refutações simples das suas "opiniões".

    Só lhe li um artigo no Público e confesso que me bastou (fiquei derrotado, sem dúvida). Eu até tentaria apresentar uma avaliação do mesmo (que seria sem duvida apenas e só elogiosa e, mesmo assim, ficaria aquém, muito aquém do brilhantismo do mesmo) mas infelizmente tenho diversos afazeres que me impedem de o fazer. Ainda agora tenho que ir arrancar quatro dentes sem anestesia e compreenderá que coloco tal actividade bastante mais acima na minha lista de prioridades que lhe ler os seus textos novamente.
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    Octávio dos Santos 30.09.2016

    … Enfim, e em resumo:

    «Blá-blá-blá – humilhado – blá-blá-blá – a enfia em todo o lado – blá-blá-blá – derrotado – blá-blá-blá – desgraçado – blá-blá-blá – derrotado (outra vez) – blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá».

    Talvez nunca alguém lhe tenha dito, mas a utilização de «ironia e sarcasmo» só resulta até certo ponto… convém não abusar.

    Posto isto, repito o repto – e, não, não estou a brincar, falo muito a sério: poupe o esforço, pare de engonhar, porte-se como um homenzinho, e escreva e envie ao Público, propondo a este para publicação, um artigo seu. Sobre o assunto que bem entender, contra as minhas opiniões, contra as da sua colega de blog Francisca Prieto, o que quiser – decerto fará uso do seu «superior» raciocínio. Sujeite-se a ser aprovado ou rejeitado…

    … E então veremos do que é capaz (ou não). E depois voltaremos a falar (ou não).
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    João André 30.09.2016

    Vamos então a ver se entende isto:

    1) Não tenho tempo nem disponibilidade nem vontade de estar a escrever para um jornal com as minhas opiniões. Há muito quem lá escreva e o faça melhor que eu (no Público também, mas muito menos que no passado).
    2) Escrevo aqui. Os meus textos são públicos e assinados. Quem os quer ler e/ou comentar é livre de o fazer. Ninguém é obrigado a nada.
    3) Vocês entrou no meu post e comentou. Largou bocas e nem um argumento decente. É consigo, não é obrigado a tal. Mas sujeita-se a que isso lhe seja apontado.
    4) Parece que você só está disposto a discutir através de artigos em jornais. Parece pensar que isso lhe dá uma certa vantagem. Talvez tenha razão. Nunca publiquei um artigo no Público (nem tentei). Ando demasiado ocupado com outro tipo de publicações e com o meu trabalho que não passa por jornalismo nem livros.

    Se só quer discutir dessa forma esteja à vontade, a nossa conversa (que nunca o foi, porque você tem uma lógica distorcida do assunto. Não me faz diferença. Já deixei o meu ponto claro: aquilo que escreveu não faz sentido paraa ninguém inteligente. Talvez tenha outros argumentos (com os quais posso ou não concordar) que façam sentido, mas não os escreveu aqui. Já que não o vai fazer, a conversa acaba.

    Mas fico satisfeito por uma coisa: desta vez não insultou. Melhor que nada.
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    Octávio dos Santos 01.10.2016

    Claro que a conversa acaba. Aliás, provavelmente nem sequer deveria ter começado porque, para você, os argumentos só são «decentes» se forem idênticos aos seus ou, vá lá, suficientemente próximos; se forem declaradamente diferentes ou mesmo opostos só podem ser «bocas», «disparates», «generalidades», «lógica distorcida», «não faz sentido para (alguém) inteligente». Logo no meu segundo comentário adiantei explicações que, sim, fazem (bastante) sentido. Mas não para si e para os seus «camaradas». É difícil ou mesmo impossível manter um diálogo civilizado com alguém que à partida deslegitima qualquer opinião contrária – método habitual à esquerda. E que, em cima disso, ofende os outros como sendo… não inteligentes. E depois eu é que insulto?!

    Você arvora-se em «juiz» do que é racional… mas, volto a dizer, eu não lhe reconheço qualquer autoridade para tal. Mais: você não tem qualquer autoridade para tal.

    Além disso, e como é óbvio, eu não estou só «disposto a discutir através de artigos em jornais». Será que as centenas de comentários e dezenas de discussões, que eu pensava ter colocado e em que pensava ter entrado, em mais de dez anos na blogosfera serão afinal referentes a «outro» Octávio dos Santos?! Ridículo.

    E quanto ao «não tenho tempo nem disponibilidade nem vontade de estar a escrever para um jornal com as minhas opiniões»… tretas. Medo, isso sim.

    E tenho dito.
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    João André 03.10.2016

    Medo? Ou você está a gozar ou não está bom da cabeça. Porque razão eu havia de ter medo? De não ter um artigo publicado? Isso nunca me preocupou. De o ter atacado por si? Perante o que lhe vi até agora de argumentos esse é o lado para que durmo melhor. Que me bata? Obviamente que não o imagino a fazer isso, independentemente das diferenças de opinião (note, estou a exagerar para efeito).

    De resto, não sei em que planeta você vive. Escreve que eu desligitimizo qualquer opinião contrária, apesar de eu ter escrito «[t]alvez tenha outros argumentos (com os quais posso ou não concordar) que façam sentido, mas não os escreveu aqui». Estou disposto a ouvir opiniões, mas o que escreveu até agora aqui não foram opiniões, foram bocas.

    Arvoro-me em juiz do que é racional? Claro que sim, pelo menos dos argumentos que vejo como racionais e que fazem sentido discutir. Se um adulto lhe disser que é boa ideia enfiar as mãos em chamas para as lavar, você aceita esse argumento como lógico e racional? Claro que não. O adulto já deveria ter aprendido o contrário enquanto criança. O seu argumento de qualquer imposto ser um roubo é para mim um caso equivalente. Se o considera racional então explique-o e eu avaliarei os seus méritos, concorde ou não. Se não quer, manterei a minha posição. Isto é óbvio para qualquer pessoa. Eu não digo aos outros o que pensar, apenas me reservo o direito de manter a minha posição numa discussão que você recusa num foro perfeitamente legítimo em que ambas as pessoas estão identificadas.

    Diz que é impossível um diálogo, mas é você que não o quer. Pelo menos aqui. Sempre que lhe peço que clarifique a sua posição, manda-me escrever um artigo para o Público. É o Público o único local onde é legítimo escrever? No Delito de Opinião há vários jornalistas e colunistas e eu tive a sorte de ser convidado para escrever nele. Se você entende que eu não tenho lugar aqui, como imagino que pensa, então tem uma opinião diferente da que parece ser predominante entre os autores do blogue. Eu também posso ter a opinião que os seus textos não têm qualidade para qualquer jornal de referência, mas não é a minha opinião que conta para a publicação. Só que isso não me impede de a dar aqui.

    Você tem dez anos de blogosfera? Olha, eu também. Há muita gente que também os tem e que nem você nem eu temos vontade de ler nem de lhes considerar as opiniões. Muitos são autênticos trolls. Não é o seu nem o meu caso, independentemente da distância nas nossas posições. Mas imagina que usar esse argumento do período passado na blogosfera não tem qualquer peso.

    Poderia usar o seu argumento da escrita em livros, jornais, etc. Tem algo mais peso, mas menor que o de alguns outros nomes (que não precisam de referir esse passado). Perdoar-me-à que lhe diga que não vejo o seu nome como um dos maiores da nossa praça jornalistíca, mas isso não significa que eu o desconsidere por isso, apenas que tenho ainda menos propensão para aceitar um argumento de autoridade que noutros casos. Seja como for, porque razão nos digladiaremos dessa forma. A sua área profissional é completamente diferente da minha e você também é mais velho. Mesmo que eu quisesse nunca teria os seus anos de experiência pelo simples facto de ter nascido mais tarde.

    Ainda assim, mesmo que eu aceitasse tal argumento de autoridade, ainda teria que analisar os argumentos adiantados na discussão em si. Teria mais tolerância para com factos que desconheço (i.e., aceitá-los-ia mais facilmente como verdadeiros mesmo sem o confirmar), mas os argumentos teriam que ser auto-sustentáveis por si mesmos.

    Não tem sido o caso nestes comentários. Ainda não apresentou argumentos. Falou do seu segundo comentário, onde avançou que preferiria tratar da sua própria vida com o seu dinheiro. Talvez considere isso um argumento em favor da afirmação «todo e qualquer imposto é um roubo», mas não o é. É apenas uma justificação para não gostar de impostos. É uma posição, mas não um argumento em favor da afirmação anterior.

    Para final: disse-me que eu não tenho autoridade para ser juiz. Engana-se. Tenho autoridade total para ser juiz daquilo que quero. Só não tenho autoridade para a sociedade. Compreende a diferença? É que todo o seu raciocínio parece querer negar-me essa possibilidade. Enfim. Adeus.
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