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Delito de Opinião

DELITO há três anos

Pedro Correia, 13.03.25

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José Pimentel Teixeira: «Boaventura Sousa Santos publicou no "Público" (pelo menos) dois textos de opinião dedicados à invasão russa da Ucrânia. Nada do que neles escreveu diverge das concepções que nas últimas décadas vem pronunciando sobre as diversas matérias do mundo, e que tão queridas e aclamadas vêm sendo em nichos da intelectualidade portuguesa: uma filosofia da história de teor conspiratório, crente na "mão invisível" que tudo causa e comanda, a omnipotência dos omnimalevolentes Estados Unidos da América; um método particular, o manuseio por cardápio das realidades históricas (ditas como apenas "construídas" pelos observadores) para sustentar um discurso apresentado como progressista e que se embrulha como democrático - ainda que refute a "democracia formal"... (...) A sua paupérrima deriva pela monocausalidade, intelectualmente indigna - convém notar que até chega a dizer que a dissolução guerreira da Jugoslávia em 1991 se deveu a que os EUA não queriam que subsistisse um país europeu do Movimento dos Não-Alinhados (em 1991!!!), um perfeito dislate. Disparatada mundividência que o leva agora à simples responsabilização dos Estados Unidos da América, da NATO e das democracias liberais europeias pelo advento da guerra russo-ucraniana.»

 

Paulo Sousa: «A ordem liberal europeia tem um dos seus mais sólidos pilares nas praias da Normandia. Sem a aberração do nazismo, a Europa e o mundo seriam hoje muito diferentes. Será que o ciclo de violência iniciado há dias por Putin ficará circunscrito à Ucrânia, e que serão os soldados ucranianos os únicos chamados para lutar e morrer pela liberdade? Que riscos estamos dispostos correr e que sacrifícios estamos dispostos a fazer para defender o que somos e a forma como vivemos?»

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