DELITO há três anos
João Pedro Pimenta: «No caso da Ucrânia, não só se trata de uma violação flagrante do direito internacional com base em mentiras descaradas (a suposta adesão do país à NATO) como atenta contra um presidente livremente eleito (venceu até o seu antecessor, que estava no cargo), e não um "neonazi", ao contrário do que se passa na Rússia. Ou seja, pelos argumentos da Rússia, a Ucrânia tinha todas as razões para a invadir, já que o regime de Putin ameaça a sua soberania, comete crimes contra o seu povo e só se "elege" prendendo e abatendo adversários.»
José Pimentel Teixeira: «Tive curiosidade em perceber a votação de hoje na ONU, a tal esmagadora censura à Rússia - 141 países a favor, 5 contra, um punhado que se esqueceu de aparecer. E 35 países que se abstiveram, à imagem da super-potência China e da proto-super-potência Índia.»
Maria Dulce Fernandes: «Podes nada entender da realidade do mundo, mas sabes que mordaças e grilhões aguardam na parda antecâmara da morte de todas as mortes, aquela que deixa para trás o corpo vazio de alento de quem a alma se apagou nas chama da desolação e do terror.»
Paulo Sousa: «O rio Dniepre, o quarto mais longo rio europeu, nasce na Rússia, atravessa a Bielorrússia, divide a Ucrânia em duas metades quase iguais e desagua no Mar Negro.»
Eu: «[Putin] acaba de sofrer uma duríssima derrota no Parlamento Europeu, reunido em sessão plenária extraordinária, onde a agressão da Rússia à Ucrânia foi condenada por cerca de 94% dos eurodeputados: 637 aprovaram uma resolução condenatória, 26 abstiveram-se e apenas 13 votaram contra. Entre esses 13, incluíram-se os dois eurodeputados do PCP, que se comportaram neste palco internacional como capachos de Moscovo. Ao lado do agressor contra o agredido. Entre o verdugo e a vítima, escolheram o verdugo. De braço dado com alguns representantes da mais rançosa extrema-direita ali sentada. Chamam-se João Pimenta Lopes e Sandra Pereira. É importante que os nomes sejam destacados, para que não fiquem confundidos numa nebulosa imprecisa. E para que nenhum deles tente um dia mais tarde fingir que nada disto aconteceu em Bruxelas a 1 de Março de 2022.»
Até ao fim da próxima semana, por motivos óbvios, lembro o que aqui se escreveu há três anos e não há dez