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Delito de Opinião

DELITO há três anos

Pedro Correia, 24.02.25

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Beatriz Alcobia: «A Ucrânia assentiu em destruir as suas armas nucleares com condições. As condições incluíam a garantia de que a Federação Russa se comprometesse a não atacar a Ucrânia. A Rússia concordou e essas condições e garantias ficaram escritas no memorando de Budapeste que foi assinado a 5 de Dezembro de 1994, pelos líderes da Ucrânia, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos.»

 

João Pedro Pimenta: «Não tenhamos dúvida: é um desafio mais perigoso e exigente do que o dos mísseis de Cuba e dos instalados na RDA nos anos oitenta. E mais uma prova de que este século XXI, depois do optimismo que se viveu nos finais do anterior, está a ser uma desgraça. Começou com um atentado apocalíptico, prosseguiu com a maior crise financeira das últimas décadas, tivemos uma pandemia há dois anos que ainda não acabou e agora esta séria ameaça de guerra. Um primor de século.»

 

Luís Menezes Leitão: «A fraqueza da actual liderança dos EUA e a falta de preparação do Ocidente para suster a ameaça russa conduziram a Europa uma guerra que se pode revelar absolutamente dramática. E esperamos que isto não sirva de exemplo para outras potências procurarem também resolver pela força os conflitos que têm há muito congelados. Recorde-se a China em relação a Taiwan.»

 

Paulo Sousa: «Se a Rússia fosse uma democracia razoavelmente funcional, onde o poder estivesse diluído num parlamento verdadeiramente representativo e não tão concentrado no círculo extremamente restrito que rodeia Putin, todo o enquadramento seria diferente. Todo o poder russo assenta na força da autoridade não escrutinada e numa propaganda que condiciona os seus meios de comunicação.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Nestes momentos é preciso saber de que lado se está. E manifestá-lo sem receio. Eu estou do lado de Yaremchuk e do povo ucraniano, em defesa da sua liberdade de escolha, do seu direito a viver em paz, e de um mundo mais livre e mais seguro, contra a ditadura de Putin, os seus amigos, os idiotas úteis, os parceiros de ocasião, a sua corte de mercenários, dependentes e capangas.»

 

Eu: «Os trágicos acontecimentos que presenciamos, vendo devorar uma nação europeia com 43 milhões de habitantes, não se esgotam nas três frentes de guerra na Ucrânia. Está em curso um sismo de máxima magnitude na geopolítica mundial, com a formação de um eixo Moscovo-Pequim, análogo ao pacto estabelecido em 1940 por Hitler e o seu fiel vassalo Mussolini (representado nos nossos dias por Lukachenko, o grotesto ditador bielorrusso) com os sinistros mandarins de Tóquio.»

 

Até ao fim do mês, por motivos óbvios, lembro o que aqui se escreveu há três anos e não há dez

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