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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 25.03.25

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Bandeira: «Conheço outros exemplos de obras que não chegam ao fim, desde a 16.ª sátira que Juvenal inconseguiu (ou cujo final, admitamo-lo, se perdeu) ao desfibrilado O Castelo, de Kafka; mas essas sempre terminam com frases completas. Espere, espere, assim de repente vem-me à memória outro caso de um volume que termina a meio de uma frase. Falo de Finnegans Wake – reparou que lhe chamei “volume” e não “livro”? A isso dá-se o nome de “prudência” –, de James Joyce, cujas últimas palavras são: “A way a lone a last a loved a long the” »

 

José António Abreu: «Alastram, são cada vez mais assumidas, tornam-se moda. Quem, há vinte ou trinta anos, ouvira falar da intolerância à lactose ou ao glúten?»

 

Eu: «Há quem sonhe com um justiceiro em Belém. E ninguém merece mais este rótulo do que o vice-presidente da associação cívica Transparência e Integridade, Paulo de Morais, que em 2001 Rui Rio arrancou a uma pacata existência como docente de Estatística e Matemática ao torná-lo seu efémero braço direito na Câmara Municipal do Porto, com os pelouros da habitação e urbanismo. Este minhoto de 51 anos, signo Capricórnio, não tardou a trocar a Avenida dos Aliados pelos ecrãs televisivos e pelas colunas dos jornais, onde vai expressando o seu imenso nojo por quase tudo quanto mexe na política. É um discurso muito sintonizado com o ar do tempo. Ajuda a captar audiências e agrada a muita gente disposta a "pôr fim a esta bandalheira" - seja lá o que isso for.»