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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 10.02.25

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José Gomes André: «Aprendemos, desde cedo, a separar o mundo do “faz-de-conta” da “realidade”. Mas neste mundo de simulacros, de realidades virtuais, redes sociais, ídolos com pés de barro, o que é ilusão ou realidade? Não são poucos os dias em que olho pela janela e desejo, ansiosamente, que talvez eu seja afinal apenas um pássaro, esvoaçando alegremente sobre Central Park, que sonha ser este homem que vos escreve.»

 

Luís Menezes Leitão: «Bem pode o ministro das Finanças italiano proclamar que "a dívida italiana é sólida e sustentável". Não só a dívida italiana já atingiu os 132% do PIB, como a Itália tem uma população idosa a rondar os 30%, cinco pontos acima da média europeia, e continua a crescer. Quem hoje empreste dinheiro a longo prazo à Itália, arrisca-se daqui a uns anos a que o devedor seja um Estado em que a maioria da população é pensionista. Não sei como é que alguém pode considerar uma dívida destas sustentável.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Ele pode ser o melhor do mundo, ser insuperável na sua arte, ser um prodígio de força, de técnica e de classe. Mas três bolas de ouro depois, e já condecorado por Cavaco Silva, começa a revelar por que razão títulos, muito dinheiro e prémios não chegam para fazer dele um homenzinho. A condecoração dou-a de barato, estando aliás ao nível de quem o condecorou antes do tempo. Têm sido tantos os condecorados que o seu valor é ridículo. Gostava sim que Cristiano Ronaldo, cujo futebol deveras aprecio, fosse efectivamente um exemplo para a sua geração, em todos os aspectos, mas quer-me parecer que alguma coisa deve estar a tolher-lhe a mente.»

 

Teresa Ribeiro: «Se há questões que não devem passar pelos intervalos da chuva, esta é uma delas. Infelizmente nem sempre um bom artigo de jornal é replicado vezes suficientes para que se transforme num assunto incómodo para os poderes que interpela. Na Imprensa portuguesa acontece com demasiada frequência e é uma pena.»

 

Eu: «O ex-líder do PSD quer ser Presidente e não esconde esta ambição, ao contrário do que seria politicamente correcto, bem à portuguesa. Tem um grupo de fiéis apoiantes que mobiliza a qualquer momento. Ultimamente tem surgido na televisão com pose de senador, o que fica sempre bem no retrato de qualquer político.»