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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 03.02.25

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Helena Sacadura Cabral: «Há pessoas que se suicidam, atentando assim contra o seu bem mais precioso. Mas esses casos são considerados como fazendo parte do domínio da patologia. A realidade é que a maioria das pessoas gosta de viver, mesmo quando não gosta da vida que leva. E esta é que é, para mim, a chave da grande aventura do ser humano!»

 

Luís Naves: «A retórica racista e patriótica conduziu à mentalidade de tudo ou nada. Antes de 1914 houve várias crises, nomeadamente nos Balcãs, mas sempre por razões que hoje nos parecem irrelevantes. Em certa medida e com temas alternativos, a situação parece hoje repetir-se: num ambiente de histeria que se torna mais intenso, as vozes da moderação são abafadas pela gritaria dos radicais, levando o discurso moderado a adoptar a própria linguagem extremista.»

 

Teresa Ribeiro: «Gostei da campanha que passou no Verão sobre o abandono dos animais, em que várias figuras públicas diziam o que pensavam sobre esses donos. Não tenho dúvidas de que uma campanha feita em moldes semelhantes sobre violência doméstica ajudava a estigmatizar os agressores, o que seria bom. Porque o estigma tolhe.»

 

Eu: «Já fez praticamente de tudo: administrador e director do jornal mais influente do País, deputado, líder partidário e primeiro-ministro. Tem assento no Conselho de Estado e continua a ser proprietário do jornal ainda mais influente do País: nem o Sol conseguiu fazer-lhe sombra. É uma raridade: único fundador vivo do PSD, o partido que adora liquidar líderes, e um dos poucos militantes que se orgulham de ser sociais-democratas (os outros são liberais, conservadores, populistas ou tudo isto junto e o seu contrário).»