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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 19.01.25

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José António Abreu: «Não sou o maior fã mundial do hip-hop, em grande medida porque a raiva e contestação que costumam conferir-lhe sentido tendem a esgotar-se ou a parecer artificiais assim que os projectos obtêm sucesso. Este álbum de Kate Tempest agradou-me por constituir não uma série de queixas ou acusações provindas de quem nasceu (ou quer parecer ter nascido) em ambiente económico difícil mas um conjunto de mini-histórias bem delineadas, assentes em letras inteligentes que procuram muito mais a evocação do que o efeito fácil.»

 

Luís Naves: «Caso o Syriza confirme as sondagens e vença as eleições, parece difícil evitar um choque entre os desejos e a realidade: os credores recusam assumir as dívidas gregas e um governo de esquerda terá a ilusão de poder vergar a opinião pública da Europa do Norte, sendo impossível para esse partido renegar as promessas feitas na véspera em campanha.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Um tipo pode levar a vida a trabalhar, enriquecer, deixar uma prole imensa, uma caterva de livros, como o Paulo Coelho ou o Rodrigues dos Santos, um apelido, escolher uma vida faustosa ou simples, confortável ou estóica, percorrer os caminhos da sombra ou as luzes da ribalta, deixar um monte de tralhas, uma memorabilia. E não deixar nada. Não deixar um rasto. Ou, então, deixar um rasto que se apaga mal o Sol se ponha.»

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