DELITO há dez anos
José António Abreu: «Em 2012, o primeiro álbum de Jessie Ware recebeu excelentes críticas mas não me convenceu por aí além. Estava cheio de temas bem feitos e ambiciosos, com ritmo dançável (à la Beyoncé, digamos), mas, no que me diz respeito, sem o que quer que fosse de verdadeiramente especial. Em 2014, o segundo álbum de Jessie Ware recebeu críticas menos entusiásticas mas agradou-me bastante. Continuando a ser pop relativamente standard, afigura-se-me mais ponderado e subtil, fugindo a sonoridades e poses grandiloquentes.»
Luís Naves: «Durante os três anos do programa de ajustamento foi criado um clima de pessimismo que será difícil desfazer. Muitos jornalistas, políticos e comentadores destruíram a auto-estima dos portugueses. As boas notícias foram sistematicamente apresentadas na sua pior vertente, quando a veracidade não era logo posta em causa. Enfim, a ideia da desgraça do País entrou nas consciências e autores de artigos de opinião que não acertaram uma única vez durante esta crise continuam tranquilamente a espalhar o derrotismo e a exercer a sua liberdade de expressão sem um mínimo de responsabilidade.»
Sérgio de Almeida Correia: «O Presidente da República apela ao consenso entre os principais partidos mas ainda não percebeu que os partidos são avessos a uma visão monocromática da incompetência.»
Teresa Ribeiro: «Que tal aplicar umas multinhas aos queridos que tentam rebentar com os tímpanos a quem se desloca a uma sala de cinema para ver um filme? A lei estabelece limites higiénicos para a emissão de ruído, portanto há forma de evitar este flagelo. Sempre são à roda de dez minutos e ainda por cima a levar com publicidade.»