DELITO há dez anos
Joana Nave: «A propósito do início do novo ano lectivo, vieram-me à lembrança os primeiros dias de aulas. Que alegria imensa se apoderava de mim nos dias que antecediam o começo de um novo ano de aprendizagem. Folhear livros novinhos, repletos de conceitos ainda por descobrir. Conhecer professores e colegas novos, rever os já conhecidos. Sempre gostei do regresso às aulas, de comprar o material escolar, de antecipar e planear o estudo, as actividades extra-curriculares e os meus hobbies. Sempre fui muito dinâmica, criativa e enérgica. Hoje, ao fim de tantos anos, e com a certeza de que ainda me falta aprender tanta coisa, dou por mim a pensar que passou depressa de mais, ou talvez tenha sido eu que fui depressa de mais, e pelo caminho acabei por perder muita coisa. Perdi amigos, contactos, perdi aquele saborear doce das coisas que se vão conquistando passo a passo, porque fui depressa de mais.»
Luís Menezes Leitão: «Há uma coisa que a campanha do PS tem de bom. É a capacidade de nos fazer rir até as lágrimas. É precisamente o que se passa com este vídeo "Rumo ao Socialismo das Pessoas", a fazer lembrar o velho slogan "Rumo ao Socialismo", que nos prometia os gloriosos amanhãs que cantam e afinal só oferecia miséria. Mas hoje este vídeo até poderia ser visto como uma metáfora contra o socialismo, representando um Estado que vem apropriar-se abusivamente dos ganhos que só o muito trabalho dos privados consegue produzir. Mas afinal o seu significado é mais prosaico. António José Seguro avisa-nos que foi ele que semeou e fez crescer o PS e agora António Costa o quer pôr à lapela. De facto temos que reconhecer que a perfidez de António Costa não tem limites. Como é possível querer cortar e pôr à lapela aquele cravo, que afinal estava a crescer tão viçoso? Devolva o cravo ao Seguro e já!»
Sérgio de Almeida Correia: «Durante duas horas, dos temas regionais do seu Equador natal, passando pela Bolívia, Chile e Peru, por vezes com um cheirinho mexicano, sempre com um ritmo capaz de fazer abanar os mais sorumbáticos, até melodias mais conhecidas como o inconfundível Bésame mucho de Consuelo Velazquez, El condor pasa, Under the moon ou o popular Tarantella. Desconheço se alguma vez passaram por Portugal, sendo certo que se o fizessem criariam mais uma legião de admiradores. O som nos seus discos e dvd é bom, mas é ao vivo que se torna possível apercebermo-nos de todo o seu esplendor e da riqueza dos instrumentos que utilizam, em especial em temas como Bomba suite, Jari Jari, Tejiendo nubes ou Ecuador suite.»
Teresa Ribeiro: «Há um filme de James L. Broooks que recordo recorrentemente sempre que vem à baila a discussão sobre os méritos e deméritos de um serviço nacional de saúde. Não sendo sobre assuntos médicos, Melhor é Impossível revela com toda a clareza o que pode acontecer a uma família americana quando não tem dinheiro para pagar um seguro de saúde decente. Costumo recomendá-lo aos meus amigos liberais que tanto choram o dinheiro dos impostos que é gasto com tamanha inutilidade.»