Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 13.09.24

21523202_SMAuI.jpeg

 

Helena Sacadura Cabral: «É de Vítor Bento e de Paulo Bento que me ocupo. Um a sair de um banco que deveria ser bom. O outro a sair de uma selecção que já foi boa. Ambos numa altura igualmente complicada para as áreas em que trabalhavam. Um percebe-se, o outro nem tanto. Mas o que é que deu no país? Será que estamos sob a influência de uma corrente de "bento" gelado, vindo de uma qualquer depressão situada algures nos Açores, já que nem sequer o tempo que temos corresponde à estação em que nos encontramos?»

 

Luís Menezes Leitão: «A solução Banco Bom-Banco Mau vale tanto como a história do Lobo Mau e do Capuchinho Vermelho, só servindo para adormecer as criancinhas. O problema é que os investidores não são criancinhas para acreditar piamente na pureza do Bom, agora que o que era Mau foi expulso. Por isso os resultados estão à vista. Pena é que haja tanta gente que prefere continuar a acreditar em contos de fadas, em lugar de ver a dura realidade à sua frente.»

 

Luís Naves: «O cerco de Cartum, iniciado em 1884, tinha grande importância para as duas partes. As vidas paralelas de Mohammed Ahmed e Charles Gordon convergem na noite de 25 para 26 de Janeiro de 1885, quando, pressionado pela chegada iminente de um exército de resgate, o Mahdi decidiu dar o golpe final na cidade, que resistira 320 dias. Consta que não houve sobreviventes na guarnição egípcia de 7 mil homens, mas talvez essa informação seja propaganda posterior. O general Gordon tinha 52 anos, o Mahdi 44.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «No dia em que o João Miguel se demitiu fiquei apreensivo. Porque sabia o trabalho que tinha entre mãos e há muitos anos lhe conhecia o empenho naquilo em que apostava e a sua capacidade de realização. Na altura, sem querer desvendar razões, limitei-me a mandar-lhe um sms com um abraço amigo e disse-lhe que esperava que tivesse sido por boas razões. Ele confirmou-me que tinha sido pelas melhores razões e acrescentou mais duas palavras que a mim me dizem muito, mas que me abstenho de reproduzir, sem me dizer o porquê da sua decisão. Também nunca o questionei sobre isso. Não tinha esse direito.»