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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 25.07.24

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José António Abreu: «As modas têm destas coisas. Transformam-se facilmente num exagero, depois numa praga, mais tarde num embaraço. No que me diz respeito, como em quase tudo, a minha rejeição surge com o excesso. Não tanto com o excesso de pessoas tatuadas (embora também um pouco; rebanhos confundem-me) mas com o excesso de área tatuada. É simples de explicar: gosto de pele. Branca, preta, castanha, cor-de-rosa; lisa, enrugada, arrepiada, gretada; uniforme, pontilhada por sardas ou sinais, mapeada com veias e artérias. Detesto tatuagens quando escondem a pele. Até gosto de tatuagens quando realçam a pele.»

 

Luís Menezes Leitão: «O Pedro chega ao ponto de dizer que prefere a desintegração da CPLP a ver Obiang na mesa de honra.  Só que a CPLP é um dos mais importantes activos de que o país necessita para projectar a sua influência no mundo e a Guiné Equatorial é muito mais do que Obiang. (...) A União Europeia foi chão que deu uvas, tendo atirado Portugal às feras da troika. Só não tivemos uma crise muito pior devido ao investimento angolano em Portugal. Não vejo por isso razão para Portugal acrescentar o facto de ser pobre a ser mal agradecido, pondo-se contra todos os outros países da CPLP, rejeitando a entrada de um novo Estado, cuja adesão é importante para a organização.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «E ainda há quem diga que a justiça não é coisa de ricos. Que são três milhões de euros para quem só num ano se esqueceu de declarar mais de oito milhõesregularizando depois a situação com cerca de metade dessa verba? Que são três milhões para quem é acusado de ter recebido catorze milhões de um construtor civil a título de oferta? Pois eu respondo: são croquetes, salgadinhos. Nada que uma boa cervejola, ao pôr-do-sol, na Quinta da Marinha, não faça esquecer.»