DELITO há dez anos
Francisco Prieto: «Era uma menina que rezava todos os dias. De joelhos, olhos fechados e mãos encostadas ao peito, pedia fervorosamente: - que Deus não lhe desse vocação de freira. Que ela queria ter muitos filhinhos e se fosse para freira não podia ser mãe.»
José Navarro de Andrade: «O médico da selecção de todos nós falou hoje em "índices de suspeição lesional". Dir-se-ia que foram anexados à pasta dos "indicadores de certificiação disparatal". As maravilhas do futebol português são infinitas.»
Luís Naves: «Existe em certos círculos políticos uma ilusão federalista que está a contribuir para uma perigosa crise na Europa. O Conselho Europeu deverá discutir nos próximos dias a escolha do candidato a Presidente da Comissão e a insistência em Jean-Claude Juncker ameaça afastar mais um pouco o Reino Unido da UE. Esta escolha sempre foi feita entre os líderes, e por consenso, mas o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ameaça desta vez forçar a votação, provável indicação de que dispõe de minoria de bloqueio.»
Eu: «Villa bateu-se em campo, neste último jogo, como se fosse o primeiro da sua exemplar carreira. Porque queria abandonar a selecção de cabeça levantada. Era ele que ali estava - mas era mais do que ele, como o homem do leme do poema de Fernando Pessoa: era já também o mito. Um mito vivo, feito de carne e osso. E também de lágrimas, que não conseguiu reprimir ao sentar-se no banco de suplentes. Quem disse que um herói não chora? Futebol é isto.»