DELITO há dez anos
José António Abreu: «Há seis milhões de portugueses que hoje nem ele conseguirá fazer deixar de sorrir.»
Luís Menezes Leitão: «Já se sabe que o primeiro-ministro virá hoje anunciar mais um assalto aos sacrificados do costume, após o que provavelmente irá festejar entoando canções nostálgicas. O que me choca, no entanto, é a precisão horária com que estas medidas são sempre anunciadas. As 20h00 de sexta-feira passaram a ser o momento mágico em que os mercados estão encerrados e os governos ou os tribunais constitucionais são autorizados a disparar os seus tiros, ficando com quarenta e oito horas para avaliar as consequências. Já que os sacrificados fiquem com o fim-de-semana estragado é algo que não os preocupa minimamente. Tivessem comprado também bilhetes para o concerto onde o primeiro-ministro irá a seguir.»