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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 19.03.23

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João André: «Creio ser necessário um programa de "alfabetização científica" em Portugal. Um programa que, sem esconder a dificuldade do estudo da ciência, mostre o quanto é fundamental para a vida de todos os indivíduos. Por outro lado, seria necessário que se eliminassem as oportunidades para fugir à ciência. Matemática e Ciências (genéricas) deveriam fazer parte dos currículos de qualquer curso, mesmo na Filosofia, Línguas ou História. Paralelamente, claro, Literatura, História e Filosofia deveriam fazer parte dos currículos de todos os cursos (fossem eles Biologia, Engenharias ou Matemática).»

 

José António Abreu: «Não gosto do plano anunciado para resolver a crise bancária no Chipre. Não gosto por motivos emocionais (é lixado ter poupanças no banco e, sem ter feito nada para isso, vê-las sofrer um corte substancial) e não gosto por motivos de lógica (poupa os accionistas mais do que deveria poupar; reacende, nos países em dificuldades, as dúvidas sobre a conveniência de ter dinheiro no banco; coloca o euro sob pressão). Mas percebo que, olhado por outro prisma, faz sentido: vai-se buscar dinheiro ao único local onde ele verdadeiramente existe (num país com um PIB minúsculo em comparação com os activos bancários, qualquer outra solução está longe de ser evidente). O que não percebo é a reacção de desagrado dos que ovacionaram a decisão da Islândia de fazer recair a falência dos seus bancos sobre os depositantes estrangeiros.»

 

Luís Menezes Leitão: «Esta decisão do Parlamento cipriota vai ter provavelmente consequências dramáticas para o Chipre, lançando-o na bancarrota e implicando a saída do euro. Mas não deixa de ser um gesto de liberdade, de um país que finalmente rompeu as correntes com que o queriam agrilhoar.»

 

Marta Spínola: «Estava no quarto ano, numa aula do terceiro porque tinha de fazer ainda História Moderna Geral desse ano. Era a aula das 8 da manhã, aquela não era a minha turma, tudo me aborrecia, e eu sentava-me logo na primeira fila para tirar apontamentos e nem me distrair.»