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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 31.12.22

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Ana Lima: «2013 vai ser um ano difícil... a todos os níveis. Até na forma como se pronuncia. A avaliar pela quantidade de vezes que já ouvi dizer "dois mil e treuze"...»

 

João Campos: «Que não se pense que o Expresso apenas inova na escolha das suas fontes e dos seus comentadores de Economia. Nada disso. Também para o processo de estupidificação em curso (vulgo Acordo Ortográfico) o vetusto semanário dá o seu contributo quase diário. Hoje, às portas do final do ano, foi o duplo "r" que caiu. Deve ter ido pendurado no hífen.»

 

José António Abreu: «2012 foi o ano em que ficámos a saber que um corte de despesa no sector público sem um correspondente aumento de receita à custa do privado é inconstitucional. 2013 será o ano em que ficaremos a saber se inconstitucional é afinal o corte de despesa no sector público, tout court

 

Laura Ramos: «O novo ano não é dado a votos superlativos. A desmotivação é óbvia. O desalento é humano. A lamentação? Chata, inútil e incomodativa... Mas não deixa de ser quase imperiosa. Ainda assim, nós, as vítimas destas grandes pequenas perdas e tormentas, enjoamos mais do que um bravo marujo português numa caravela batida no mar alto. Um daqueles que deitava a sola de molho, para o outro dia jantar. Porque será? Porque verdadeiramente não temos norte? O Norte astrolábico que eles tinham?»

 

Eu: «[Paulo Portas] candidato desde já a figura nacional do ano que começará daqui a poucas horas. Será um ano muito difícil a vários níveis - e não só em Portugal. Um ano que todos lembraremos mais tarde. Um ano em que cada gesto do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros será alvo de escrutínio máximo. Ele sabe, melhor do que ninguém, que somos escravos das nossas palavras e donos dos nossos silêncios. E procederá em conformidade, sem nunca esquecer este lema. Crucial na política, como na vida em geral.»