DELITO há dez anos
João Carvalho: «Durante uma intervenção na SIC-N, Luís Filipe Menezes anunciou ontem à noite que vai deixar a câmara de Gaia — que se diz ser a mais endividada do País — para se candidatar à câmara do Porto. Esta ameaça de Menezes a somar ao facto de os portuenses também serem atingidos pelo agravamento da austeridade confirmam um dito histórico que está agora a preocupar os tripeiros: um mal nunca vem só.»
José António Abreu: «Que os bancos aceitassem avaliações optimistas para poderem conceder montantes superiores de crédito à habitação deveria ser problema deles. Que PSD e CDS tenham recuado na legislação que permitiria saldar a dívida com a entrega do imóvel é uma injustiça e um erro político – os tempos não estão para favores aos banqueiros.»
José Maria Gui Pimentel: «A não resolução da crise do euro contribuiu para que o crédito à economia permanecesse muito restrito, penalizando o investimento das empresas, a compra de casas e o consumo privado, nomeadamente em bens duradouros. Além disso, penalizou a economia mundial, com especial intensidade sobre alguns dos nosso principais parceiros comerciais.»
Luís Menezes Leitão: «Passos Coelho julgava que tinha o partido na mão, convidando para o Governo Paulo Rangel (que não aceitou) e Aguiar-Branco, os seus opositores na última eleição. Deixou, porém, de fora Manuela Ferreira Leite, que teria tido um desempenho como Ministro das Finanças muito melhor do que Vítor Gaspar, como qualquer comparação demonstra, incluindo as duas entrevistas desta semana.»
Rui Rocha: «Se tudo se mantiver como está, se o sistema não for capaz de gerar uma nova força alternativa e se o CDS, o PSD ou o PS não me surpreenderem com uma proposta política decente, não votarei.»