DELITO há dez anos
Ana Margarida Craveiro: «Não estamos a falar de cortes, mas de roubo puro e duro. As Finanças não cortaram nenhuma gordura, limitaram-se a apropriar-se do pouco dinheiro que recebo por trabalhar.»
Fernando Sousa: «Não estou aqui, estou numa cama de um hospital, público, português, corre Setembro de 2012, já não tenho a inteligência ligada à saúde, apenas rezo, eu, que sempre achei a oração como um desperdício da razão, para que os médicos se tenham enganado, o que às vezes acontece, ou haja um milagre, o que também não é raro, ou então para que me apague como uma pessoa e não uma rubrica do Orçamento de Estado.»
João Carvalho: «Lembram-se quando havia um pote de ouro na ponta do arco-íris? Bons tempos...Ver a ponta do arco-íris à frente dos olhos já é invulgar.»
Luís Menezes Leitão: «Passos Coelho acha que, apesar da força da corrente que contra ele está, e apesar de "injuriado" continuamente, como se viu na própria sessão de homenagem, esforçando-se como o vento, através de "assopros", há-de conseguir "iradamente" fazer "vencer a grão corrente". O problema é a falta de fôlego, que há muito parece atingir o seu governo.»
Rui Rocha: «Tirando o corte com a afundação do Magalhães, o resto são 45.600.000€ (quarenta e cinco vírgula seis milhões de euros, assim por extenso que é para não haver dúvidas) e o mais é treta. Uma farturinha. Carrega, Passos.»
Teresa Ribeiro: «É preciso manter o foco. N sabe-o, mas os dedinhos dos neurónios estão sempre a puxá-la para baixo. Tempos houve em que se via como uma mulher de sucesso, eficiente no trabalho e despachada na cama. Agora envergonha-se das baixas sucessivas e para escapar a indagações isola-se. Já correu metade dos psiquiatras da praça, mas para aquela tristeza funda não há cura.»