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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 17.02.22

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José Navarro de Andrade: «Não faltaram vozes para se abespinharem com as imagens de Strauss-Kahn a ser levado algemado e debaixo de escolta, aquando da sua prisão em Nova Iorque. Sucede que o senhor foi sujeito a um tratamento igual a qualquer outro cidadão nas suas circunstâncias, fosse ele um serial killer ou um membro do Congresso, segundo um procedimento perfeitamente estipulado by the book

 

Leonor Barros: «A notícia do dia, além do suícidio do carniceiro de Beja, é a demissão do Presidente alemão, Christian Wulff, acusado de ter pressionado a imprensa para não publicar uma notícia que o incriminaria num caso de corrupção. Ontem mesmo foi pedido o levantamento da imunidade e hoje Wulff demitiu-se. Não faltarão notícias, posts e outras publicações moralistas sobre a virtude com pés de barro dos tão odiados teutónicos. Pouco me interessa se Christian Wulff é ou não culpado, mas interessa-me que perante uma suspeita tenha feito o que também cá devia ser feito em casos semelhantes: demitir-se.»

 

Patrícia Reis: «Não sei em que pensar: em ir para casa como sugere um cardeal, no homem que foi condenado apenas a seis anos de prisão por exigir à mulher a participação em orgias sexuais apontando-lhe uma arma ou na questão da fertilidade e na Europa envelhecida. Vou pensar em 19 pontos na cabeça. É mais fácil.»

 

Rui Rocha: «Excelente proposta do Crooked Timber aqui. O jogador coloca-se na posição de alguém que tem de propor uma solução para a Grécia. Tem a ajudá-lo um conselheiro chamado Maynard (honi soit qui mal y pense). Ideal para subscritores de manifestos solidários e, em geral, para todos os que pensam que existem caminhos fáceis. Jogue e partilhe a sua experiência e conclusões.»

 

Eu: «Um acordo que pretende fixar norma contra a etimologia, ao contrário do que sucede com a esmagadora maioria das línguas cultas. Um acordo que pretende unificar a ortografia, tornando-a afinal ainda mais díspar e confusa. Um acordo que pretende congregar mas que só divide. Um acordo que está condenado a tornar-se letra morta -- no todo ou em parte

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