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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 28.11.21

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Ana Vidal: «Acaba de chegar às livrarias um dos motivos que me têm afastado do DELITO ultimamente. Agora já não me pertence e espera o vosso veredicto. O texto é meu, a capa é um belíssimo quadro do pintor Joaquim Baltazar, que traduz na perfeição o espírito do livro. Enfim, uma sugestão para o Natal

 

José Maria Gui Pimentel: «Em relação à proposta do Governo, para a eliminação de quatro feriados, acho que faz algum sentido. Mas apenas isso: algum. Isto porque em Portugal no papel até se trabalha muito, em muitos sítios bastante mais do que na maioria dos países europeus. O nosso problema diz sim respeito à produtividade. Aumentar a produção por outros meios pode resultar mas acarreta consequências sobre a qualidade de vida (já das mais baixas da UE) que não são despiciendas.»

 

Leonor Barros: «Resisto a quase tudo menos a uma livraria recheada de títulos novos, livros baratos e o ambiente de uma religiosidade veneranda de silêncios pontilhados de virar de páginas virgens à espera de serem lidas. Um livro. Falta-me sempre um livro. Os olhos recaem sobre o mais recente livro, à data, de Wladimir Kaminer, Meine russischen Nachbarn, e é esse que há acompanhar-me nos dias de Berlim, dias de sol e de chuva, dias de muito ver e de digerir história e gente a cada esquina. Não o acabarei, contudo. A cidade absorve-me.»

 

Luís M. Jorge: «Eis o canto do cisne da escola económica judaico-cristã. Agora que os efeitos da crise chegam à Espanha, à Itália, à França e à Bélgica, e já nem a Alemanha consegue colocar as suas obrigações de dívida pública a dez anos, suponho que vai ser um pouco mais difícil encontrarmos preguiçosos e irresponsáveis para incriminar.»

 

Eu: «Notícias frescas da eurozona: Itália à beira da recessão, no próximo ano o desemprego continuará a disparar em Espanha, a Economist vaticina o colapso do euro. E os nossos vizinhos até já admitem sem rodeios um cenário de regresso à peseta. "Mereceste reinar", escreveu Quevedo num soneto dedicado a Filipe III. De quantos dirigentes europeus contemporâneos poderá um historiador futuro dizer o mesmo?»