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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 09.10.21

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João Campos: «O Lourenço tem razão quando diz, face às reacções à morte de Steve Jobs, que "desde a morte da Princesa Diana não via tanta beatice." É certo que Jobs foi inovador e um visionário, e que a sua morte prematura é sempre de lamentar. As reacções, essas, fazem-me ficar muito curioso quanto aos epitáfios que Bill Gates um dia receberá.»

 

João Carvalho: «Ao partir da grande estação central de Pequim, o TGV chinês tem dois destinos possíveis, um dos quais é doméstico: Xangai. O outro destino provável é, obviamente, Madrid. Tempos houve em que todos os caminhos iam dar a Roma. Hoje em dia, como em Portugal bem se sabe, todos os caminhos-de-ferro vão dar a Madrid. O mundo mudou muito...»

 

José António Abreu: «Olhar um cão nos olhos faz-me sentir melhor do que sou. Olhar um gato nos olhos não me faz sentir pior do que sou porque o olhar dos gatos não admite desvios em relação à realidade. O olhar dos gatos é objectivo. Mesmo nas alturas em que contemporizam (e fazem-no por vezes, com as pessoas que lhes merecem alguma consideração) não escondem que o fazem. O olhar de um gato é parecido com o de uma mulher que se sabe extraordinariamente atraente quando perante um homem sem encantos físicos ou materiais mas deixa ainda menos margem para devaneios. Atira-me para o sítio certo, faz-me sentir exactamente como sei que sou.»

 

Luís M. Jorge: «Algo fascinante se passou no território: o colapso do PS, o desaparecimento do Bloco, o triunfo absoluto do PP não ocorrem sem um vasto desequilíbrio entre méritos e mediocridades várias.  Gostaria muito de ter observado o quartel-general de Paulo Portas durante esta campanha.»

 

Rui Rocha: «O actual Procurador Geral da República completa hoje mais um ano de mandato. A principal atribuição do cargo é promover a defesa da legalidade democrática. Cinco anos depois, pode afirmar-se que Pinto Monteiro não cumpriu os aspectos essenciais da missão que lhe foi confiada. A vaidade pessoal que nunca conseguiu disfarçar é inversamente proporcional à eficácia que demonstrou no exercício das suas funções. O seu nome ficará associado a um período em que a investigação criminal se constituiu como roda da engrenagem política.»

 

Eu: «Alberto João Jardim vence, ainda com maioria absoluta de mandatos mas já sem maioria absoluta no voto popular. Perde oito deputados, recua 16 pontos percentuais. Ao contrário do que pretendia, o Governo de Lisboa não levou sova alguma dos eleitores da Madeira. Pelo contrário, Pedro Passos Coelho viu reforçado o seu capital politico ao ter sido o primeiro chefe do Governo português a enfrentar directamente o senhor do Funchal. Com firmeza e sem rodeios.»

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