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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 24.09.21

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Ana Vidal: «Não posso demorar-me, desculpem, vim aqui só dar-vos a boa notícia. Tenho uma festa daqui a pouco em casa dos queridos Ira e George, e ainda tenho de passar pela Coco que ficou de escolher-me um vestido. Zelda, Scotty, please wait for me! Salvador, cariño, no seas tan dramatico... Yes, Cole, I'll take sweet Alanis with me, it's a promise. Assim que ela acabar de cantar aqui, pode ser? A bientôt, mes amis. Paris m'attend!.»

 

Ivone Mendes da Silva: «Algumas correntes do pensamento filosófico contemporâneo acreditam ser possível não perder nem o Porto-Benfica nem o jantar do Delito. Claro que o ravioli e as vieiras já tinham partido e do crème brulée embrulhadinho em massa filo nem sinal, nem aroma. Pois claro, ubíquo mas não tanto.»

 

João Carvalho: «A Madeira possui serviços da República que não têm apenas a competência — mas a obrigação — de velar pelo cumprimento das políticas adoptadas pela administração pública e de zelar pelos interesses do país e da região no que respeita à condução dessas mesmas políticas regionais. Portanto, faz sentido perguntar pelos pareceres e cabimentação orçamental das despesas que o Ministério Público na Madeira necessariamente visou, tal como faz sentido perguntar pelos relatórios anuais elaborados pelo Tribunal de Contas na Madeira sobre a justeza das mesmíssimas despesas.»

 

José António Abreu: «Em jeito de adeus ao Verão. Que os romances perdurem. (Ou não; façam como entenderem.)»

 

Leonor Barros: «Quem nunca leu o rótulo do frasco de champô que atire a primeira pedra.»

 

Luís M. Jorge: «A Madeira faz parte do território nacional nem que seja de grilhetas. Querem votar no Jardim? Votem. Querem roubar à descarada? Roubem. Mas daqui não saem até pagarem ao tostão. Os impostos que lá estão enterrados remuneram-se com o suor e as lágrimas dos madeirenses. Não há outra estratégia, não há outra maneira. E é bom que isto fique claro a tempo das próximas eleições.»

 

Rui Rocha: «Não é a mesma coisa publicar na primeira página ou nas páginas interiores, a cores ou a preto e branco. Tratando-se de situações de fronteira, é evidente que qualquer meio de comunicação tem o seu próprio código de ética ou livro de estilo, nos quais estão definidas orientações para este tipo de situações. Deste modo, a publicação pelo Sol da imagem de um cadáver, em primeira página, na sua última edição, não pode ser considerada um acidente. Trata-se, pelo contrário, de uma atitude deliberada e consciente. »

 

Eu: «O rigor da meteorologia serve afinal de metáfora a este quadro humano tão singular mas também tão emblemático. Quantas mulheres terão sentido o mesmo “aperto na garganta” que esta americana vislumbrada pelo génio de Hemingway entre os pingos de chuva?»