DELITO há dez anos
Ana Cláudia Vicente: «Ainda que este seja o pretexto, não se pode dizer que a questão não seja polémica, intra e inter géneros. Não há muito tempo (mentira, para aí há um ano) eu e a Ana Margarida aqui do DELITO dirimimo-la à saída de um convívio blogueiro, inconclusivamente. A minha posição é a seguinte (para além de sentada a escrever): é possível trajar um fato sem gravata sem que este pareça órfão, mal enjorcado, foleiro.»
José António Abreu: «Exigimos da Alemanha que siga os nossos padrões e, como qualquer rufia cheio de razão, encaramos mal manifestações de resistência. Compreende-se: os desmancha-prazeres são do mais irritante que existe. Anda lá, Angela, oferece-me a Leica.»
Leonor Barros: «Enquanto o povo se esmifra para fazer render ordenados, há quem esteja tranquilamente acima destas aflições. Este país não tem jeito.»
Patrícia Reis: «Não aguento mais a palavra crise e quero mandar tudo à merda, mas depois não posso porque tenho dois filhos e uma empresa e, por isso, terei de andar no mundo. Este é um desabafo que não serve a ninguém, não é delito, nem opinião. É terapia. Desculpem lá.»
Rui Rocha: «Tomando o Porto como referência, concluiremos que existem, num raio de 100 quilómetros, cinco Universidades públicas: a do Porto, a de Coimbra, a de Aveiro, a do Minho e a de Trás-os-Montes e Alto Douro. As cidades onde estas Universidades se localizam estão ligadas entre si por auto-estrada. Para todas existe transporte em autocarro. E entre a maior parte delas existe uma rede de transporte ferroviário.»
Sérgio de Almeida Correia: «Já não me parecia bem antes de saber os números. Agora que me dizem que da Comissão Parlamentar de Obras Públicas "quase metade dos deputados eram administradores de empresas privadas de obras públicas" e que "um terço dos deputados da anterior legislatura - 70 dos 230 - tinham também assento em empresas do Estado", quero saber quem são eles, quais os partidos a que pertencem e quais são as empresas em causa. Por razões de higiene pública. Nada mais.»