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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 13.02.21

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Ana Vidal: «Mais estapafúrdio ainda - ou mais ironicamente significativo - é que o Dia dos Namorados seja também o Dia Internacional da Disfunção Eréctil. Das duas, uma: ou já esgotaram os dias do calendário, ou esta é mesmo a piada do ano!»

 

João Carvalho: «A razão que Maria de Lurdes Rodrigues perdeu ao expor o seu ponto de vista explica-se, afinal, de modo muito simples: um mandato é (ou devia ser) uma via com dois sentidos, o que implica (ou devia implicar) que o Governo cumprisse o seu programa para merecer cumprir o mandato. Porque o programa é dele, mandatado, mas o mandato é nosso. Não cumprindo um único ponto relevante do que assumiu fazer, resta ao Governo cair. E resta à ex-ministra da Educação perceber que a democracia assenta em regras, sim, e também que é normal que elas tenham um efeito de vai-vem: aplicam-se para cá e para lá.»

 

Rui Rocha: «Afiança-nos  o JN que o Sporting perdeu 3 pontos em 2 minutos. Quero deixar bem claro que considero que existe motivo para pedir a anulação do campeonato se vier a confirmar-se que pretendem retirar-nos o ponto que ontem conquistámos com total brilhantismo. Doa a quem doer!»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Teve hoje mais um dos seus momentos de glória na página de José Quitério na Revista Única (Expresso). Era o segredo mais bem guardado de Faro. Antes foi de Olhão e de Castro Marim. Chegou a Lisboa e já foi elevado à condição de templo. Um justo reconhecimento para Duval Pestana. Há coisas com um custo módico que não têm preço. A cozinha do Faz Gostos é uma delas.»

 

Eu: «Uma revolta popular pacífica, ordeira, participadíssima, onde as únicas bandeiras são as nacionais, deita abaixo uma tirania. Sem necessidade de intervenção dos marines norte-americanos, sem líderes "carismáticos", sem partidos ou igrejas a "organizar" as multidões. Devia ser motivo de congratulação em todo o mundo democrático. Mas não é. Em redutos de opinião, bem entrincheirados nas suas certezas graníticas, analistas derramam por jornais e blogues o seu imenso desdém pela página histórica que acaba de se virar no Cairo. Como se os egípcios, com os seus cinco mil anos de civilização, não estivessem minimamente preparados para a democracia e precisassem para o efeito do aval das ilustres bempensâncias cá do sítio.»