Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Ana Vidal: «Não se deixe ir na conversa delas... mentem muito, as malvadas. Ideias curtas e cabelos compridos, já se sabe.»
Bandeira: «O lado bom do pior momento das nossas vidas é que só acontece uma vez.»
Eduardo Louro: «Em meados dos anos 30 do século passado Peter Drucker (1909-2005) – ilustre economista e grande teórico da gestão moderna – trabalhou numa sociedade financeira da City londrina liderada por Ernest Freedberg, então já quase octogenário, a roçar o excêntrico e um banqueiro dos antigos. Que, imagino, o impressionou fortemente, ou não lhe tivesse dedicado todo um capítulo das suas memórias (Memórias de um economista – Um homem entre dois mundos, edição da Difusão Cultural), onde descreve as mais variadas peripécias e histórias de impressionante sagacidade e de ímpar instinto empresarial. Li estas suas Memórias há já há alguns anos – mais de uma dúzia – e uma dessas histórias nunca mais me saiu da cabeça.»
Fernando Sousa: «Por instantes o mundo, sepultado na rotina, pensou numa performance numa pobre língua de areia na praia de Biscayne, em Miami, da autoria de um génio, anónimo, em quem se poderia rever. Mas eram só as sobras de um projecto que não deu, de uma festa de arromba, e, por fim, de um desabafo sem ambições artísticas. Nenhuma inspiração súbita, nada de surrealista, nada de ruptura. Nicholas Harrington, 16 anos, já contou a história. O piano, incendiado durante os copos na garagem, e levado a banhos, já foi removido, a navegação não corre riscos, a arte também não, a paisagem foi reposta. A vida continua. Não há motivo para preocupações.»
Eu: «Há certas actrizes que nos parecem deslocadas da sua época. Senti sempre que era esse o problema com Susannah York. Esta inglesa nasceu para o cinema numa altura em que as deusas do celulóide eram vistas como uma relíquia do passado. Naquela década de 60, interessava “desmistificar” a mulher, torná-la “igual” aos homens, "libertá-la" de toda a encenação e todo o artifício. Carole Lombard, Ingrid Bergman, Rita Hayworth, Ava Gardner, Grace Kelly, Elizabeth Taylor e tantas outras rainhas dos anos dourados de Hollywood davam lugar à mulher banal, destituída de glamour, despojada daquele brilho cintilante que todas as estrelas irradiam. Era o tempo da Sally Field e da Jill Clayburgh e da Glenda Jackson e da Sarah Miles e da Karen Allen: figuras banais, rostos banais, que poderíamos ver a qualquer hora num restaurante de bairro ou num transporte público.»
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.