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Ana Vidal: «Recebo habitualmente os convites para as actividades do MNAA (Museu Nacional de Arte Antiga), e graças a isso vou estando a par de alguns acontecimentos interessantes, que não perco sempre que me é possível. Mas fiquei abismada com os ridículos floreados protocolares de um dos últimos que recebi, para a inauguração de uma exposição. Dizia o convite, literalmente: "Ao evento digna-se comparecer o Exmo Secretário de Estado da Cultura (...)". Digna-se? Digna-se comparecer?? Mas então não é essa a obrigação de um secretário de Estado? E afinal estamos a falar do principal Museu de Arte do país ou de alguma venda de Natal numa Junta de Freguesia?»
Luís M. Jorge: «Os jornais asseguram que o PS vai abrir a porta a um novo inquérito à morte de Sá Carneiro. Vai, pois. Hoje em dia o PS abriria a porta a um inquérito sobre a morte da mãe do Bambi, se não tivéssemos a carcaça auspiciosa de um primeiro-ministro para desenterrar. É a grelha de inverno do bloco central: já sem a Fuga para a Vitória, restam-nos agora os Pequenos Crimes Entre Amigos, o Regresso dos Mortos-Vivos e o Die Hard no Aeroporto. Tudo, claro, menos As Vinhas da Ira ou Os Cavalos Também se Abatem.»
Rui Rocha: «A Justiça portuguesa, que já se encontrava em estado comatoso, sofre agora de uma virose demissionária que não augura nada de bom para a indispensável recuperação do doente.»
Eu: «Muito antes de os EUA sonharem sequer que teriam um presidente mestiço, um actor negro nascido nas Bahamas [Sidney Poitier] conseguiu uma proeza impressionante: um Óscar de Hollywood pelo melhor desempenho masculino em Lírios do Campo (1963). Precisamente no ano em que Martin Luther King fazia um dos mais belos discursos de todos os tempos, declarando em Washington que sonhava com um mundo onde os homens não pudessem ser julgados pela cor da pele.»
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