DELITO há dez anos
João Carvalho: «O ministro das Finanças declarou que o Orçamento do Estado que apresentou era melhor antes de introduzidas as alterações negociadas com o PSD. É natural: o OE compete à Assembleia da República, mas parece aceitável que seja o Governo a apresentar o projecto de receitas e despesas que pode e quer cumprir. Só fica uma dúvida: por que raio é que este Governo nunca cumpriu um OE nem um PEC?»
Paulo Pinto Mascarenhas: «Pediu-me ajuda urgente por mensagem logovisual e eu enviei-lhe alguns velhos vídeos da primeira década do século, início das duas últimas décadas da independência nacional portuguesa, quando um primeiro-ministro chamado José Sócrates começou a tornar o país absolutamente dependente do exterior, endividando as gerações futuras até o tornar ingovernável, nas mãos dos credores internacionais.»
Rui Rocha: «Desapareceu de sua casa (e da sua, e da sua e da minha também): Nome - abono de família. Descrição - prestação atribuída mensalmente, com o objectivo de compensar os encargos familiares respeitantes ao sustento e educação das crianças e jovens. Foi visto pela última vez nas obras do aeroporto de Beja. Pede-se a quem souber do seu paradeiro que contacte de imediato o Estado Social.»
Eu: «Farley Granger: Alfred Hitchcock descobriu nele um toque de vulnerabilidade que o tornava ideal para algumas das suas personagens mais emblemáticas, sempre divididas no plano moral. Foi assim que protagonizou o primeiro filme a cores do grande mestre do suspense: A Corda (1948). Seria ainda moralmente mais ambivalente em O Desconhecido do Norte-Expresso (1951), obra-prima de Hitchcock, baseada na novela homónima de Patricia Highsmith e um dos títulos dominantes do cinema negro americano.»