DELITO há dez anos
André Couto: «Alguém lhe explica [a Jerónimo de Sousa] que por muito que queira que as cassetes vivam, a "fita de filmagens" é coisa não utilizada há mais de uma década? (Já agora mentalizem-no também que, em breve, a resma de papel também perderá actualidade. Diz que é a desmaterialização.)»
Bandeira: «Se acha que vale a pena deixar uma pequena biblioteca aos rebentos mas não tem espaço e a vizinha do lado não permite que instale mais estantes em casa dela, reflicta um pouco. Há por aí uns discos baratos que levam monstrabytes de livros digitais e duram, quê?, uma eternidade (desde que mantenha os seus filhos longe do teclado e o Universo não seja finito). E não me venha com a conversa de que não consegue ler num computador. Livros digitais podem sempre ser passados a papel. Pelo menos os que não estão protegidos contra impressão por essas empresas amigas do… eh… meio ambiente, digamos assim.»
João Carvalho: «Primeira pergunta: quantas vezes um Orçamento foi chumbado no passado? Resposta: nenhuma. Segunda pergunta: quantas vezes um Orçamento foi cumprido? Resposta: nenhuma. Orçamentos rectificativos, Orçamentos suplementares, desorçamentações, receitas extraordinárias e por aí fora, manobras à vista e esquemas escondidos — o cardápio é longo e conhecido.»
Paulo Gorjão: «A tese do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, segundo a qual as exigências do PSD abriram um buraco de €500 milhões é, no mínimo, hilariante. Como se não fosse a incompetência do Governo e a sua incapacidade para cortar na despesa a verdadeira razão da pesada carga de impostos que pagamos.»
Eu: «Título de capa do Expresso hoje: "Clara F. Alves entrevista A. Damásio". O meu sonho é um dia conseguir um título de capa assim: "Pedro C. entrevista Penélope C."»