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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 06.08.20

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Ana Vidal: «Obrigado Espanha, por ganhar a taça do mundo para nós. De acordo com o Tratado de Tordesilhas de 1494, tudo o que a Espanha conquistar a Este do meridiano 46 é, na verdade, propriedade de Portugal. Querem fazer o favor de nos entregar a taça?»

 

João Carvalho: «Começa a justificar-se melhor que o primeiro-ministro tenha dito que puxou da golden share na PT por razões de estratégia. Desde logo, estava na cara que a PT encontraria outra posição no Brasil, ainda que menos favorável, e que iria agora investir mais no mercado angolano, o que já se desenha. O mundo dos negócios é assim mesmo: faz-se de estratégias. Além disso, começa também a desenhar-se que os administradores da PT venham a ganhar um "prémio de gestão" extra pelo negócio da Vivo. O que José Sócrates não tinha explicado muito bem é que não se tratava de estratégia nacional, mas sim de estratégia da própria PT. Mas também estava na cara: se a PT fosse estratégica não teria sido privatizada, não é? A menos que a política nacional seja muito fraquinha.»

 

Luís M. Jorge: «Um jornalista serve para descobrir factos que permitam ao público formar opinião sobre os assuntos da república. Se com esse objectivo recorrer a um estatuto tipificado por lei e aprovado por um juiz, isso, para usarmos a sentença que o João Galamba aplicou em tempos mais felizes às decisões dos tribunais, num estado de direito devia bastar. Que o José António Cerejo seja assistente do processo Freeport e utilize o seu estatuto para informar os leitores não envergonha os jornalistas. O que desonra e envergonha a profissão é que a Fernanda Câncio, assinando como jornalista, se esforce para que o calem.»

 

Luís Naves: «Na história da crítica há exemplos de opinadores influentes que não perceberam a importância de um movimento estético inovador ou de um artista que viria a ser importante. Recentemente, li uma revista literária antiga e espantei-me com os ataques que os críticos consultados então dispensaram a António Lobo Antunes, escritor que hoje nenhum crítico se atreve a analisar de forma negativa.»

 

Paulo Gorjão: «Leio na imprensa a piada do dia -- há malta muito brincalhona -- e que seria uma candidatura autárquica de Pedro Santana Lopes à Câmara Municipal de Oeiras. Como se não existisse no PSD e em Oeiras em particular militantes com notoriedade e qualidade para se candidatarem. David Justino, por exemplo.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Já me tinham dito ser o Mindelo o sítio ideal. Quem o fez só não me disse que a fusão da nobre lagosta com o coco, o caril e os coentros numa cama de sons e cores melodiosas, numa noite tropicalíssima, em que o violino e a percussão crioula se misturavam com Racine e Camões, tinha um efeito tão poderoso.»

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