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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 08.07.20

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Adolfo Mesquita Nunes: «Se em Portugal já todos conhecem as trocas e baldrocas do discurso e das políticas de José Sócrates, a questão da golden share trará como novidade a exibição internacional de tais piruetas discursivas, mostrando um primeiro-ministro subitamente pouco interessado nos sucessos da integração e pouco preocupado com (aliás, declaradamente indiferente ao) o cumprimento do enquadramento fundador da União. Pode parecer coisa insignificante, mas não é.»

 

Ana Cláudia Vicente: «Jornalista: Correu-lhe bem, o Exame de Português?

Aluno: Sim, tive 15.

Jornalista: Subiu ou desceu, em relação à nota do ano?

Aluno: Manti

 

Ana Margarida Craveiro: «Lauri Karvonen afirma que, ao contrário do que se pensa, os líderes não são mais importantes hoje do que no passado. Os líderes são sempre associados ao partido (Sócrates não é independente do PS, nem Passos Coelho do PSD). No entanto, para os eleitores desse partido, sim, são importantes, para o bem e para o mal. Eu só amo ou odeio o líder do meu partido.»

 

João Carvalho: «Seria muito conveniente que Passos Coelho levasse para a mesa das negociações entre os dois principais partidos — as quais terão de prosseguir enquanto o PS estiver no poder — a necessidade imperiosa e urgente de encerrar institutos, fundações, empresas municipais e tantos outros organismos que só abrigam da chuva e arredondam a reforma de quem está dentro deles. Se é para isto, é preferível pagar-lhes para ficarem em casa e dispensar as entidades, que sempre se poupam despesas de funcionamento e encargos assim.»

 

José Gomes André: «A Europa está repleta de federalismo institucional, mas tem um longo caminho a percorrer no que respeita à dimensão cooperativa do federalismo. "Mais federalismo" não tem de significar "mais tratados" ou "mais instituições", mas sim "mais colaboração" ou "mais inter-dependência" – exactamente o contrário do que temem os "soberanistas".»

 

Eu: «Em cem dias como líder social-democrata, Pedro Passos Coelhou alcançou o que antes dele não conseguiram Pedro Santana Lopes, Marques Mendes, Luís Filipe Menezes e Manuela Ferreira Leite: pôr o PSD à frente do PS em todas as sondagens. Mas conseguiu mais que isso. Desde logo, deu passos concretos para a unidade do partido ao convidar Paulo Rangel, seu ex-rival, para liderar uma lista conjunta ao Conselho Nacional e Aguiar-Branco, outro ex-rival, para liderar a comissão que irá rever o programa do PSD. Há muito que o partido não parecia tão pacificado.»