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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 09.06.20

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Ana Cláudia Vicente: «O segundo exemplar de propriedades terapêuticas oftálmicas para o qual chamo a vossa atenção foi fabricado de um lado da Mancha, actua no outro e tem origem sul-mediterrânica.»

 

Ana Margarida Craveiro: «Aparentemente, o Estado português acha que conhece melhor as crianças portuguesas do que os seus próprios pais. Arroga-se a responsabilidade de lhes "ensinar" educação sexual, segunda a visão monopolista da Associação para o Planeamento da Família (aos olhos do ministério da Educação, a APF oferece uma visão "neutra"). São os materiais desta que vingam, e são as suas acções de formação que educam os professores, que depois instruem as crianças. Ou seja, o Estado impõe-se à visão das famílias, às escolhas que os pais fazem para as suas próprias crianças. De uma maneira absolutista, define que todas as crianças, dos 6 aos 16, devem ter educação sexual, disciplina obrigatória, com os conteúdos que a referida associação acha por bem veicular. Para nada interessam os ritmos naturais de crescimento, as perguntas que as crianças fazem em alturas diferentes, conforme o seu próprio crescimento. Para nada interessa que a neutralidade objectiva seja de facto um disparate, porque a educação pouco tem de objectivo, particularmente neste género de matérias.»

 

João Campos: «Hoje em dia trata-se o tema como se os exames nacionais fossem um monstro, como se naquelas duas horas (ainda são duas horas?) os alunos fossem obrigados a caminhar descalços por cima de brasas, a domar um leão com uma cadeira, ou qualquer outra coisa do género. Que os alunos do secundário, a cada manifestação que fazem, gritem pelo fim dos exames, eu até percebo - naquelas idades prestamo-nos a tudo, até às ideias mais alarves. Que os adultos tratem os exames nacionais como um bicho de sete cabeças, e não como aquilo que eles são - uma componente fundamental de uma avaliação tão justa quanto possível - é que já me faz muita confusão.»

 

João Carvalho: «Certa autora da nossa blogosfera ficou aqui em pulgas depois de ter encontrado uma notícia sobre as virtudes (?) da "homoparentalidade lésbica", seja lá o que isso for. A menos que se trate de algum fenómeno hermafrodita, é fácil perceber como é que se faz para uma mulher ser mãe, lésbica ou não. Só receio que esteja a aproximar-se uma nova forma de discriminação sexual. É que, sem querer desiludir aquela autora, não estou a ver muito bem como poderemos chegar à "homoparentalidade masculina". E esta diferença ainda há-de dar que falar...»

 

José Gomes André: «Responsabilizaram os "neoliberais" e o "capitalismo selvagem" pela crise, mas os ideólogos socialistas pouco mais fizeram se não adensar as suas consequências negativas. Em terrenos lusitanos, manipularam dados e mentiram ao povo português para se perpetuarem no poder. Adiaram medidas urgentes que poderiam ter estancado a crise, para não prejudicar as suas ambições eleitorais. Meses depois desta patranha, navegam à vista, sem um plano ou uma estratégia além do extraordinário "é preciso dar as mãos e acreditarmos que é possível".»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Espero que a Ana Paula Laborinho não se esqueça dele [Couto Viana]. E que em Macau lhe seja prestada a homenagem que ele merece por tudo o que fez por essa terra, em prol da língua e de uma cidadania livre, culta e inclusiva.»

 

Eu: «O ódio primário aos judeus gera textos como este. Que tem apenas o mérito de ser escrito sem qualquer máscara politicamente correcta: cada parágrafo, cada frase, cada palavra limitam-se a escorrer ódio indisfarçado, ódio em estado puro. O autor chama-se Carlos e é de extrema-esquerda. Mas podia chamar-se Jean Marie e ser de extrema-direita. Os extremos tocam-se, unem-se, complementam-se, nutrem-se mutuamente do ódio ao judeu, que por vezes chega camuflado com a capa de uma certa modernidade mas é velho como o mundo.»