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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 27.05.20

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Ana Margarida Craveiro: «Ainda estou à espera do primeiro anúncio a rímel com promessas de volume estonteante e multiplicação de cílios longos que não implique uma modelo/actriz com pestanas falsas.»

 

Bandeira: «Respirei como há dias não respirava, na sequência certa, inspira–expira, inspira–expira, sabe como é. Tratei do IRS, fiz umas festas à gata, peguei na tesoura e coloquei a impressão do texto à minha frente. E agora chegue-se para lá, melindroso leitor, cubra os olhos, cubra os olhos que isto vai ser um massacre.»

 

João Campos: «Das grandes bandas dos finais da década de 70, os Magazine serão porventura uma das melhores, e também das mais esquecidas, mesmo com a mais ou menos recente "moda" de ir buscar a música daquela época. Para além de todos os outros motivos, que são vários, poderia dizer que o meu primeiro estágio valeu a pena por ter descoberto esta banda.»

 

João Carvalho: «São os três portuenses e param ali pela Rotunda da Boavista. O homem nada tem de especial, mas um dos outros é um tipo estranho: ou o frango ou o leitão, um deles quer passar por ser o outro. Um dia destes ainda acabaremos por encontrar na Bairrada um leitão tipo frango. O mundo está a mudar rapidamente. Às vezes já muda em três semanas.»

 

Paulo Gorjão: «Na entrevista que concedeu à BBC Brasil, ainda que de forma cuidadosa, José Sócrates abandonou o tradicional discurso opaco e avançou com algumas observações que merecem destaque, sobretudo quando se referiu às relações bilaterais entre Portugal e o Brasil. Dito de outra maneira, uma vez na vida, o primeiro-ministro abandonou o tradicional discurso da amizade entre os dois países e da língua em comum, e forneceu algumas pistas válidas para se perceber as dificuldades e os interesses comuns.»

 

Teresa Ribeiro: «Tenho a veleidade de pensar que sei reconhecer o amor verdadeiro quando o vejo. É claro que pode não passar de fantasia minha, mas há sinais que têm boa leitura. Talvez o principal seja a serenidade – não confundir com tédio. E este casal, quando aparecia junto, irradiava essa calma que o Chico Buarque cantou. A fantástica calma dos casais.»

 

Eu: «Sócrates, cada vez mais confinado a um reduto de fiéis, precisa hoje mais de Alegre do que este precisa de Sócrates. Confrontado com as declarações hostis de alguns elementos de terceira linha do PS, que não ganhariam sequer uma eleição para a junta da freguesia onde residem, o autor de Praça da Canção deveria revelar-se agora como se mostrou em 2006: acima dos partidos, com a frontalidade de sempre, falando directamente aos eleitores sem necessidade de qualquer intermediário oriundo das sedes partidárias. Se fizer isso, amplia sem dificuldade a votação de 2006; se aparecer colado a um primeiro-ministro tão desacreditado como o actual, ficará com uma nova derrota antecipadamente garantida a pesar-lhe no currículo.»

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