DELITO há dez anos

Ana Margarida Craveiro: «Hoje houve debate sobre a violência nas escolas no Parlamento. Tema sério, que se relaciona directamente com educação. Ora, no mesmo debate, o PS, governo e grupo parlamentar, conseguiu demonstrar o respeito que tem pela educação: nenhum. Primeiro, é o secretário de Estado da Educação que tem de ser ensinado pelo Presidente da Assembleia. Aparentemente, o senhor pensava estar num qualquer café a debater com conhecidos, esquecido do protocolo inerente ao sítio onde estava. A Assembleia é um dos órgãos máximos da democracia. Exige respeito, e tem um protocolo para ser cumprido.»
Paulo Gorjão: «[Paulo] Rangel até discursa bem, mas o dom da oratória e a retórica não lhe permitem encobrir a mais do que evidente falta de preparação, bem como a ausência de propostas e de soluções. Sempre que é confrontado, sempre que enfrenta contraditório, a falta de substância de Rangel vem imediatamente ao de cima.»
Sérgio de Almeida Correia: «[Aplausos] para Isabel Alçada e Jaime Gama. A primeira pela volta que pretende dar ao regime das faltas dos alunos, pelo seu empenho em querer restaurar a autoridade onde ela faz mais falta, dentro da escola, e reforçar a intervenção preventiva da escola e dos seus responsáveis nos casos de violência. O segundo porque ao contrário do que alguns pensam não acordou mal disposto e fez aquilo que se espera de um presidente da Assembleia da República. Quem nasceu e foi criado na liberdade, na responsabilidade e no respeito, e não necessariamente por esta ordem, não pode deixar de entender e de aplaudi-los.»
Eu: «Quando o exercício legítimo da crítica política é confundido com "tiro ao líder", o resultado só pode ser este: claustrofobia social-democrata. Mazela grave de que padece este PSD saído do congresso de Mafra, cada vez mais distante e mais esquecido do legado de Francisco Sá Carneiro.»
