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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 31.01.20

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André Couto: «Sou um confesso admirador do Pedro Adão e Silva. Isto porque o Pedro consegue, em contra-ciclo com a generalidade dos comentadores, manter a isenção política, sendo recto e isento no comentário político que faz, não deixando de se bater por aquilo em que acredita. Alia o isto o facto de transmitir tranquilidade a quem o vê, sendo dono de uma objectividade e clareza de discurso que é raro encontrar.»

 

João Carvalho: «Junto à margem do Rio Mersey, Liverpool tem hoje as suas "docas", uma vasta área dedicada à cultura, lazer, restaurantes e bares, comércio, etc.: é a Albert Dock, reconversão de um antigo conjunto de edifícios associados às lides portuárias, actividade na qual a velha urbe foi um marco histórico que a Grã-Bretanha tem bem presente. Por essas bandas, ao fundo de um relvado amplo que dá pelo nome de Chevasse Park, lá está o monumento mais inesperado de Liverpool: o Yellow Submarine.»

 

Leonor Barros: «Diz-se por aí que Invictus não será o melhor filme de Clint Eastwood, depois de Million Dollar Baby e de Gran Torino, mas Invictus é certamente um filme belíssimo, sustentado pelo desempenho sóbrio e inexcedível de Morgan Freeman e Matt Damon.»

 

Paulo Gorjão: «Adoro um bom argumento de ficção científica. O que gosto menos, muito menos, é de um argumento pouco científico. A tese que anda no éter de que Manuela Ferreira Leite se sacrificou com o intuito de assegurar a aprovação do OE, deixando assim o terreno em aberto para o seu sucessor, é hilariante. Basta, aliás, parar cinco segundos para pensar. Alguém consegue explicar por que motivo o seu sucessor necessitava do terreno em aberto? Mais. No que é que consistiu o tal sacrifício?»

 

Teresa Ribeiro: «Se não fosse mulher Roberto Bolaño não me teria impressionado tanto com 2666. Saber-se com os dias contados e portanto sem direito a uma segunda oportunidade foi determinante para conseguir escrever uma obra tão impiedosa. Mas nada na sua mortal pretensão de se transcender o obrigava a escolher o indizível como tema central desta espécie de tese sobre a natureza humana.»

 

Eu: «Lembro-me da celeuma que a reforma ortográfica concebida por Malaca Casteleiro gerou há 20 anos na comunidade literária portuguesa, com alguns dos nossos maiores escritores - de Miguel Torga a Vergílio Ferreira, de Agustina Bessa-Luís a Sophia de Mello Breyner - tomando posição firme contra a falsa "unificação", afinal quase um decalque da norma brasileira. Sophia, particularmente, acentuou então a importância das chamadas consoantes mudas na abertura das vogais num país que a sul do Mondego persiste em fechá-las.»

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