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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 20.01.20

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Ana Margarida Craveiro: «Temos muitos problemas em Portugal, mas este é um deles. Temos más leis, o que é mau em si mesmo, mas temos muitas más leis, num fenómeno de inflação legislativa que poucos países entenderiam. Por outro lado, temos uma justiça lenta, lentíssima, de maneira que uma lei contraditória como a da droga pode vigorar durante oito anos até finalmente chegar ao Supremo Tribunal, para este descobrir que raio queriam os deputados com aquele articulado. O que, diga-se, causa um novo problema, com a possibilidade da linha ténue de separação dos poderes se apagar de vez.»

 

João Carvalho: «Certas autoestradas [nos EUA] em perímetros urbanos e suburbanos são caóticas e põem-lhes os nervos em fanicos. Não querem aprender, os norte-americanos. Venham cá e ponham os olhos no que temos. Quem é que se importa com isso, em Lisboa e no Porto? A gente, quando quer arejar a cuca, vai dar uma volta em qualquer das outras autoestradas que estão às moscas. É um descanso para o sistema nervoso.»

 

Paulo Gorjão: «Pior a emenda do que o soneto apresentado por Cavaco Silva. Mais vale não ter uma explicação do que apresentar uma que não resiste ao escrutínio.»

 

Eu: «A irlandesa fogosa que seduziu dois dos maiores mestres do cinema, Ford e Hitchcock, materializou-se de filme em filme como uma singular força da natureza. Hitch deu-lhe o estrelato em A Pousada Jamaica (1939), última longa-metragem que rodou em Inglaterra antes de rumar a Hollywood. Ford imortalizou-a numa sucessão de obras-primas, com destaque para  O Vale Era Verde (1941) e O Homem Tranquilo (1952). Nesta última película, repleta de cenas memoráveis, nenhuma se sobrepõe à do longo beijo que lhe rouba um John Wayne totalmente arrebatado por esta ruiva [Maureen O' Hara] que não se vergava a homem nenhum.»

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