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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 04.11.19

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João Carvalho: «O tempo voa: faz hoje um ano que o mundo assistiu à eleição do actual presidente dos EUA. Barack Obama continua a romper com alguns tiques tradicionais da Casa Branca, continua a falar a muitos corações pelo mundo fora e continua a prometer mais ou menos o mesmo que prometia há um ano e ficou em linha de espera. Sobretudo, continua a merecer a confiança de mais de metade dos norte-americanos, que lhe dedicam um invejável índice de popularidade.»

 

Leonor Barros: «Se há coisas que não entendo é esta mania da Igreja Católica meter o bedelho em tudo. Nesta questão do casamento entre pessoas do mesmo sexo é bom não esquecer que se fala de casamento e não de matrimónio. Já se sabe que se o objectivo do matrimónio é a procriação, a união entre pessoas do mesmo sexo não tem cabimento e é portanto excluída. Assim sendo, não percebo porque têm de opinar tendo em conta que não é assunto da Igreja, uma vez que o casamento não é reconhecido e que quem se casa pelo civil continua a arcar com as repsonsabilidades do acto ímpio.»

 

Luís M. Jorge: «Na Somália, um homem de 112 anos casou-se com uma jovem de 17. Não percamos a esperança.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Agora arribou a ideia peregrina de transformar o referendo em instrumento de debate a propósito do tema da "homossexualidade". Em rigor, o que se quer "debater" não é o casamento civil ou católico, é a própria homossexualidade. Por isso, pergunto eu, independentemente da maior ou menor imbecilidade do tema a "debater", desde quando é necessário um referendo para debater? Então não se pode debater sem referendar?»

 

Teresa Ribeiro: «Recear que o governo seja doravante sujeito a humilhações de cada vez que for necessário negociar é, infelizmente, uma expectativa muito realista. Não pretendo, com este comentário chorar lágrimas de crocodilo pela sorte do novo executivo rosa. Longe disso. Fossem outras as cores do governo minoritário e o fundamento desta apreensão mantinha-se. Porque há coisas que transcendem as famílias partidárias. São essas que  lixam, invariavelmente, o País.»

 

Eu: «Por estes dias, o mundo assinala o 20º aniversário da queda do Muro de Berlim, um dos mais tenebrosos símbolos da Guerra Fria e do 'socialismo real' que vigorou durante quase meio século no Leste da Europa. Uma data que devia ser festiva para todos. Mas há sempre alguém que diz não: o PCP recusa associar-se às celebrações de júbilo pelo derrube do sinistro bloco de betão que dividiu a capital alemã durante 28 anos, chamando uma manobra da "contra-revolução" a essa incomparável explosão de liberdade ocorrida a 9 de Novembro de 1989.»

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