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Delito de Opinião

DELITO há dez anos

Pedro Correia, 30.09.19

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Adolfo Mesquita Nunes: «Sentindo-se vigiado, eventualmente pelo Governo, Cavaco Silva foi apanhado com a boca na botija a tentar resolver o assunto através da pequena intriga jornalística. A sua declaração de ontem mais não foi do que a desesperada tentativa de fazer sobressair as suas desconfianças e de camuflar a desastrada e pouco digna forma como procurou fazer-lhes face. Vitimizar-se, no fundo. E dizer-se cercado pelo Governo.»

 

José Gomes André: «Há coisa de ano e meio, Cavaco Silva decidiu entrar claramente no jogo político, inventou a história das escutas (talvez motivado pela episódio do putativo "espião do PS" na Madeira) e deu ordens a Fernando Lima para levar o pseudo-caso para os jornais, na esperança de que a sua amiga de longa data Ferreira Leite chegasse ao poder. Deu-se mal porque o episódio veio a público, envolvendo o seu nome. E desde aí, Cavaco mais parece aquela pessoa que tenta corrigir um erro cometendo pelo menos mais três no caminho.»

 

Leonor Barros: «Aquela mania de falar de si como o Presidente da República, como se fosse outro que não ele próprio, muito vincada na primeira parte do discurso, é profundamente irritante. Mesmo sendo um recurso estilístico –como estou benemérita - para se aproximar passo a passo da verbalização na primeira pessoa e modificar a perspectiva não lhe fica bem e soa a conversa de jogador de futebol. Não gosto.»

 

Luís M. Jorge: «Não cabe ao Presidente comentar comentadores ou responder a notícias de jornais.»

 

Paulo Gorjão: «"When you're in a hole, stop digging." O Presidente da República ignorou por completo esta frase célebre de Denis Healey. O resultado está à vista. O buraco institucional é cada vez mais profundo e não se vislumbra forma fácil de o ultrapassar.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «Por inépcia política, mau aconselhamento e falta de visão de Estado, o Presidente da República colocou-se numa posição vulnerável, expôs-se, deixou que a disputa institucional assumisse contornos sul-americanos e hipotecou todas as condições de governabilidade numa altura de grave crise ecónomica e social, mostrando não estar à altura do cargo para  que foi eleito.»

 

Eu: «Previsões: Maria de Lurdes Rodrigues vai fora. Mário Lino também. Jaime Silva, idem; Severiano Teixeira, idem aspas. E Alberto Costa. E Pinto Ribeiro. E Mariano Gago. Nunes Correia nem cheguei a saber quem é.»

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