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Delito de Opinião

DELITO há cinco anos

Pedro Correia, 06.07.25

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JPT: «As causas do conflito no Cabo Delgado serão várias e foram sendo caladas. Há três meses ainda se podia ler intelectuais moçambicanos dizerem que se tudo se resumia a actos de "mercenários ocidentais desempregados" ou dos "interesses americanos". O mesmo tipo de intelectuais que insultavam o meu colega moçambicano que, primeiro do que todos, ainda em 2017, aludiu a tensões étnicas na região. Diziam-mo a mim, não o esqueço, para minha contida repulsa.»

 

Paulo Sousa: «Soube-se agora que, mesmo sem que tenha havido qualquer adjudicação, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), o mesmo ministério que gere o SNS, está a pagar aos seus funcionários com CIT um seguro privado de saúde. Segundo a notícia, o ex-presidente da administração dos SPMS, responsável pela aquisição dos seguros de saúde, justifica isto com o facto de ser necessário amenizar as desigualdades dentro da empresa. Pelo que entendi, o jornalista não terá perguntado ao ex-presidente da administração dos SPMS, nem à Ministra da Administração Pública, nem à Ministra da Saúde, nem ao Primeiro-Ministro, nem já agora ao Presidente da República, o que acham sobre as desigualdades entre estes portugueses e os restantes que não têm acesso a estas versões Premium do SNS.»

 

Sérgio de Almeida Correia: «O mundo foi hoje surpreendido com o falecimento de Ennio Morricone, vítima de uma queda com uma idade (91 anos) em que devia ser proibido cair. (...) Parte o homem que, como alguém disse, não era apenas um compositor de música para filmes, mas um grande compositor. Ficará a saudade, e uma obra monumental que continuará a ser ouvida até ao fim dos tempos

 

Eu: «Presidente terá procurado transmitir mensagens de «segurança e confiança» no combate ao Covid-19 em solo madeirense. Para encontrarem eco nos telediários do Reino Unido, que acaba de excluir o nosso país dos "corredores turísticos" deste Verão devido ao aparente insucesso português no combate à pandemia - notícia desastrosa sobretudo para regiões como o Algarve e a própria Madeira, onde os britânicos representam 17,9% das dormidas turísticas. Iniciativa meritória, a de Marcelo. Duvido muito, no entanto, que obtenha sucesso. Imagino como o verá um inglês médio que observe as imagens dele no Funchal, falando às pessoas na rua sem nunca abandonar a máscara e forçando os demais membros da comitiva a comportarem-se da mesma forma para não parecer mal. Quem entre nós, se fôssemos britânicos, se sentiria seguro e confiante para fazer férias num sítio destes?»