DELITO há cinco anos
Diogo Noivo: «Em tempos de polarização, nativismo e infantilismo, rejeitar os extremos e abraçar os princípios iluministas é um acto revolucionário.»
José Meireles Graça: «Atochei-me de cerejas, dias a fio, mas dou-me conta de que faltou a ração anual de análises argutas sobre o Maio de 68, substituídas pela pandemia da histeria covidiana.»
JPT: «O Estado não pode ter no seu serviço noticioso alguém que tem este entendimento do jornalismo. Não é um caso de incompetência nem um erro. É a vigência, descarada, da concepção de que ser jornalista é manipular factos e opiniões, e sem qualquer limite.»
Luís Naves: «Toda a gente tem um smartphone e pode filmar uma atrocidade na rua. As imagens espalham-se como um vírus, mesmo quando os fragmentos são incompletos ou fora do contexto. Já não há realidade única, mas muitas, algumas que se desmentem entre si, o que força a sociedade a dividir-se em bolhas, onde se refugiam tribos incapazes de aceitar pontos de vista alternativos. Com a pandemia e os seus efeitos, esta mudança geral só pode acentuar-se.»
Paulo Sousa: «Há uns anos, ao ler uma revista, tropecei numa citação de Plutarco, segundo quem o acaso é Deus quando viaja incógnito. Como é que a ciência e a razão explicam estes acasos?»