DELITO há cinco anos
Cristina Torrão: «Infelizmente, cantar tornou-se uma actividade de alto risco. Claro que há a possibilidade de cantarmos sozinhos, em casa. Até podemos fazer vídeos e mostrá-los na internet (no caso de sermos bons solistas, claro, muitos artistas têm optado por esse meio). Mas cantar num coro, ou tocar numa orquestra, principalmente tratando-se de instrumentos de sopro, tornou-se numa actividade perigosa e proibida.»
JPT: «As formas cerimoniais por esse mundo afora, ontem e hoje, da celebração do dia da Vitória contra o pior dos fascismos reais, e de aversão às suas hipotéticas reanimações, foi a maior demonstração da mediocridade, tétrica, patética, destas figuras gradas que elegemos, deste Sousa e deste Rodrigues. E dos que os rodeiam. Eu iria dizer que "só não viu isso quem não quis", só não percebeu o significado da diferença entre estas celebrações gerais do Dia da Vitória e as dos dias 25.4 e 1.5., quem realmente não o quer fazer. Mas não seria verdade. Porque a abissal mediocridade que Sousa, Rodrigues et al mostraram neste pequeno episódio é a mesma que nós temos. Pois só uma população medíocre elege isto e gosta.»
Paulo Sousa: «Após o colapso da URSS, a minoria russa da ex-república moldava soviética socialista não aceitou a mudança da língua oficial de russo para a língua mãe da maioria romena e desencadeou-se um conflito. Após alguns meses de combates, em 1992 estabeleceu-se um equilíbrio de forças com o rio Dniestre a fazer de fronteira. A Rússia mantém o apoio militar e económico à Transnístria mas a falta de contiguidade territorial não lhe permite descongelar o conflito. Desde então a Pridnistrovian Moldavian Republic (PMR), como se autodenominam, tornou-se um 'país' independente de facto embora sem reconhecimento internacional. Tem governo próprio, hino e bandeira com foice e martelo, imprime moeda e selos, tem tropa e polícia, sistema de ensino e de saúde.»