DELITO há cinco anos
JPT: «Luís Naves, nosso co-bloguista aqui no Delito de Opinião, perdeu o pai (os meus pêsames). Narra que o funeral apenas teve 11 pessoas, "uma a mais do que o permitido". Na última semana três pessoas que me são próximas vivem situações semelhantes (um funeral paterno, duas impossibilitadas de acompanhar pais nonagenários, muito doentes, sem Covid). São coisas diferentes? São, mas o relevante é o impacto na população, as formas como a acção política é lida e sentida. Quando pessoas que há décadas vivem na e da política não o compreendem isso é sinal da degenerescência do regime. E do quão obtusos são muitos dos cidadãos que, por estreita militância de sofá, sentem que apoiar é tudo aceitar.»
José Meireles Graça: «Há males que vêm por bem: com 130 velhotes no palácio de S. Bento a ouvirem inanidades, e um número indeterminado de cidadãos a agitarem bandeiras e gritarem palavras de ordem na via pública, a mensagem é clara – esqueçam lá essa coisa do confinamento. O novo vírus, como os anteriores, bem não faz. Mas a gente habitua-se.»
Paulo Sousa: «Regressando à pandemia e lembrando a festa do bar 75 em Vila Maior, Santa Maria da Feira, alusiva ao covid, apontada como um exemplo acabado de irresponsabilidade e de mau-gosto, importa fazer uma comparação. Ali quem participou pagou o que comeu e bebeu, enquanto que no ajuntamento do 25 de Abril, quem paga não participa.»